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Câmara de Tomar já cedeu mais de vinte edifícios devolutos a associações

PSD sugere que contratos de comodato deviam ser acompanhados por contratos-programa que garantissem a dinamização desses espaços.

O município de Tomar já cedeu mais de duas dezenas de edifícios devolutos a associações do concelho. A informação foi avançada pelo vice-presidente da câmara municipal, Hugo Cristóvão (PS), em reunião camarária, aquando da cedência de uma cave e duas escolas primárias a três associações. A Associação Recreativa e Académica de Cabeças vai ficar responsável pela antiga escola primária da aldeia. À Associação de Cultura Espaço Zero - Artes Comunicantes foi-lhe cedida a antiga escola primária do Carril, situada na freguesia da Junceira. A cave de um prédio na Rua Garcia da Mata, na Nabância, foi entregue à Associação Cultural e Educativa de Solidariedade Social Templários de Tomar.
Hugo Cristóvão explicou que a cedência destes imóveis é feita pelo município através de contratos de comodato por um período de quatro anos. O vereador da oposição, João Tenreiro (PSD), defendeu que a cedência das escolas deve ter em conta se as associações estão sediadas na freguesia onde se encontram os imóveis devolutos e que as mesmas devem dinamizar os espaços que receberam. “A antiga escola do Carril é um edifício municipal que vai ser cedido ao Espaço Zero. Não temos razões para duvidar desta associação mas até agora a maioria das propostas de cedência de escolas eram para associações da própria freguesia. O que nós gostávamos de entender é porque é que a maioria que lidera este executivo decidiu fazer a cedência a esta associação e não a outra?”, referiu.
O vereador do PSD afirma que estes contratos de comodato deviam ser acompanhados por uma candidatura das próprias associações. “Devia fazer-se um contrato-programa com as mesmas para que dinamizem aquele espaço que lhes foi cedido. O município não deve dar apenas por dar”, considerou João Tenreiro. O autarca recordou que o PSD apresentou, durante este mandato, uma recomendação no sentido de se fazer um levantamento do número de colectividades existentes em Tomar, criando-se um programa municipal de apoio ao associativismo com o objectivo de organizar as suas actividades.
Hugo Cristóvão respondeu lembrando que desde Outubro de 2013 - quando começou o actual mandato - foi elaborado um levantamento “exaustivo” das cerca de meia centena de edifícios devolutos que a Câmara de Tomar tinha no concelho, sem qualquer actividade e a degradarem-se. “Havia dezenas de pedidos feitos para ocuparem esses edifícios. Era incompreensível a autarquia ter tanto património abandonado. É discutível por que é que um edifício é cedido a uma associação e não a outra mas ficou decidido que não iríamos atribuir os edifícios a quem não precisasse deles. O aspecto social foi tido em conta assim como o parecer dos presidentes das juntas de freguesia”, sublinhou, acrescentando que este é um dossiê que não é possível resolver de um dia para o outro.

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