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Lavandaria de Rio Maior com ordem de fecho por causa do ruído

Ensaio acústico detectou valores acima dos permitidos legalmente. Estabelecimento encontra-se num prédio de habitação e o seu funcionamento motivo reclamações de uma moradora.

A Câmara de Rio Maior vai notificar a empresa que explora uma lavandaria self service na cidade para suspender a actividade “de forma a evitar a produção de danos para a saúde humana e para o bem-estar das populações em resultado da actividade ruidosa”. Essa medida cautelar, aprovada por unanimidade pelo executivo camarário na sua última reunião, resulta do Relatório de Ensaio Acústico elaborado pela empresa que efectuou testes ao ruído no local em Dezembro passado.
A lavandaria WashRio situa-se no rés-do-chão de um prédio de habitação da Avenida Marechal Humberto Delgado, no centro da cidade, e o seu funcionamento tem sido objecto de reclamações por parte de moradores de um apartamento que se situa por cima. A empresa vai ter agora um prazo de cinco dias úteis para se pronunciar após receber a notificação com a decisão da autarquia, seguindo-se a deliberação definitiva do executivo camarário. Mas, ao que tudo indica, o estabelecimento vai mesmo encerrar.
O litígio nasceu praticamente na mesma altura da abertura da loja, no início de 2015, e já motivou queixas na GNR e na Provedoria de Justiça. Em Agosto de 2016 a Câmara de Rio Maior já tinha decidido restringir o horário de funcionamento da lavandaria e dado um prazo de 90 dias às proprietárias da loja para tomarem medidas que garantissem o cumprimento da lei do ruído. Dois ensaios acústicos efectuados anteriormente tinham comprovado a existência de ruído acima do limite legal.
Na reunião de câmara de 26 de Agosto de 2016, uma moradora foi apresentar as suas razões. Paula Santos, que reside num apartamento por cima da loja, disse que a sua família não consegue descansar devido ao ruído e à trepidação que as máquinas de lavar e secar roupa produzem.
Na mesma altura, O MIRANTE falou com duas das proprietárias da loja Wash Rio. A empresa é propriedade de três irmãs e a intenção delas era proceder a mais obras de insonorização para tentar resolver o assunto. Margarida Duarte sublinhou que já tinham feito algumas intervenções e acrescentou que também tinham avaliações ao ruído que demonstravam que os níveis de ruído estavam dentro dos parâmetros legais.
Na reunião de câmara de 13 de Janeiro, alguns membros do executivo lamentaram o desfecho. A presidente da câmara, Isaura Morais, disse que a autarquia está sempre disponível para acompanhar os empresários e tentar encontrar soluções, mas não pode permitir que sejam violadas as disposições legais existentes.

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