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Pena suspensa para assaltante que tentou atropelar comandante da GNR de Almeirim
Cláudio Pereira

Pena suspensa para assaltante que tentou atropelar comandante da GNR de Almeirim

Juízes quiseram dar oportunidade ao jovem para adquirir competências e ganhar hábitos de trabalho

O assaltante que tentou atropelar o comandante da GNR de Almeirim, quando este o tentava deter, foi condenado a quatro anos e três meses de prisão mas o colectivo de juízes decidiu suspender a pena, por igual período, para que o arguido, durante este tempo, se submeta a um plano que o leve a adquirir competências para o trabalho. Se Paulo Seabra, de 26 anos, que não tem hábitos de trabalho e reside num acampamento na Zona Industrial de Almeirim, não cumprir o programa de reinserção social a definir pela Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) terá de cumprir a pena de prisão.
No acórdão dos juízes da Central Criminal de Santarém, proferido na quinta-feira, 12 de Janeiro, justifica-se a suspensão da pena com o facto de o arguido ser um jovem, que à data dos factos tinha 22 anos. Situação que, considera o colectivo, permite que seja “ainda possível desenvolver junto dele um trabalho de consciencialização para a ilicitude e censurabilidade dos seus comportamentos e sensibilização para a necessidade de organizar a sua vida, inserindo-se no mercado de trabalho”. Isto apesar de Paulo Seabra já ter 11 condenações em 15 crimes de condução sem carta e três condenações por furto qualificado.
Os factos pelos quais foi agora condenado remontam a 24 de Maio de 2013 e começam com um assalto a uma residência. Ficou provado que Paulo Seabra dirigiu-se a uma residência em Foros de Benfica, freguesia de Benfica do Ribatejo, por volta das 12h30. A dona da casa veio à porta quando ouviu chamar e o arguido e outro cúmplice, de que não se apurou a identidade, empurraram a vítima para dentro da habitação, puxaram-lhe os dois fios de ouro que esta trazia ao pescoço e puseram-se em fuga.
Segundo o processo a GNR de Almeirim foi alertada de imediato e no mesmo dia, às 19h10, o suspeito foi detectado a conduzir um carro na Estrada Nacional 114, perto da zona industrial da cidade. A patrulha posicionou o carro da Guarda no meio da faixa de rodagem para obstruir a passagem do suspeito e o comandante do posto, Cláudio Pereira, saiu da viatura e gritou para o assaltante parar o carro. Mas este engrenou a marcha-atrás para fugir. Nessa altura o comandante conseguiu meter o braço pela janela do carro conduzido pelo arguido para o tentar imobilizar, o que não conseguiu.
Ao ver que o sargento da Guarda tinha o braço dentro do carro para tentar controlar o volante, o arguido começou a acelerar ainda mais e a fazer peões com o objectivo de atropelar o comandante, que teve de se atirar para a vegetação na berma da estrada para não ser atingido pela viatura. O arguido, segundo o acórdão, também não se intimidou com os disparos de intimidação, feitos para o ar por dois militares da Guarda e continuou a acelerar. Na fuga acabou por embater com um carro que seguia em sentido contrário e ainda encetou uma fuga a pé mas acabou por ser detido.

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