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Greve de alunos por melhores condições e mais auxiliares em escola de Abrantes
Problemas. Alunos e professores dizem que tarda uma intervenção

Greve de alunos por melhores condições e mais auxiliares em escola de Abrantes

Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes recebeu obras há dois anos mas problemas continuam. Escassez de pessoal não docente obrigou ao encerramento da biblioteca escolar e falta de água quente nos balneários levou à suspensão das aulas de educação física.

Cerca de 200 alunos da Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes, fizeram greve às aulas na quinta-feira, 19 de Janeiro, em protesto contra a degradação daquele estabelecimento de ensino e pela contratação de mais auxiliares de acção educativa.
Em declarações à agência Lusa, o porta-voz do denominado Movimento de Alunos do Liceu (MAL), João Morgado, disse que o que está em causa “é a falta de pessoal não docente, que levou já ao encerramento da biblioteca escolar, e a degradação do estabelecimento de ensino, que não tem água quente nos chuveiros, o que originou a suspensão das aulas de educação física”.
Para João Morgado, estes problemas “não são admissíveis numa escola praticamente nova”, lembrando que foi uma das muitas intervencionadas pela empresa pública Parque Escolar (PE). As obras de requalificação foram concluídas há cerca de dois anos, mas “as caldeiras de aquecimento de água dos balneários não funcionam, há salas de aulas sem portas, um campo desportivo com fissuras no chão e vídeo-projectores e computadores fora de uso por falta de manutenção”, resumiu.
“Temos de perceber que há alunos que não têm computador em casa e que necessitam dos que estão na biblioteca para estudar e fazer trabalhos, estando impedidos de o fazer. Isto não é admissível e, por isso, entendemos que devíamos fazer alguma coisa para chamar a atenção para todos estes problemas”, defendeu o estudante.

Problemas com as instalações são recorrentes
Em comunicado, Alcino Hermínio, director do Agrupamento de Escolas nº 2 de Abrantes, disse que a acção desenvolvida pelos alunos “surge num contexto de efectivas dificuldades com que o Agrupamento de Escolas nº2 de Abrantes se tem vindo a confrontar”, tendo destacado que, “desde o final da requalificação da escola sede do agrupamento que os problemas com as instalações e os equipamentos são recorrentes, tardando a sua completa resolução pela empresa Parque Escolar”.
No documento, o director daquele estabelecimento de ensino referiu ainda que as “dificuldades criadas pelo insuficiente número de assistentes operacionais efectivamente em funções têm-se acentuado, impedindo uma resposta adequada e planeada às necessidades de cada escola do agrupamento”.
Alcino Hermínio disse manter um “diálogo permanente, quer com a empresa Parque Escolar, quer com os serviços centrais do Ministério da Educação”, tendo feito notar que “a preocupação evidenciada pelos alunos, principais afectados, merece a compreensão do director”.

PSD responsabiliza Governo

O deputado do PSD eleito pelo círculo de Santarém, Duarte Marques, responsabiliza o Ministério da Educação pelos problemas na Escola Básica e Secundária Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes. “Os deputados do PSD exigem uma resposta urgente e imediata para este agrupamento, que funciona actualmente abaixo das condições de segurança exigidas. A responsabilidade do problema e a sua solução é única e exclusivamente do ministro da Educação e do Governo, que decidiu aprovar 35 horas semanais sem garantir a necessária compensação e o reforço do número de assistentes operacionais”, refere Duarte Marques, em comunicado.
Duarte Marques refere que este processo “não é novidade para o Ministério da Educação” e sublinhou que os deputados do PSD “já por diversas vezes alertaram o ministro Tiago Brandão Rodrigues para esta situação”. Depois de três visitas ao longo do último ano, o partido questionou o executivo formalmente, mas este “não respondeu ou desvalorizou a situação”. Segundo o deputado, a reposição das 35 horas semanais de trabalho “dinamitou a situação deste agrupamento”.

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