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Moradores de Alverca descontentes com obra no centro da cidade
PROBLEMA. Obra fica situada dentro de um pátio de acesso condicionado no centro da cidade

Moradores de Alverca descontentes com obra no centro da cidade

Câmara de Vila Franca de Xira embargou os trabalhos mas a ordem foi desrespeitada. Em causa está agora um crime de desobediência e o caso já foi entregue ao advogado do município.

A construção de uma habitação para residências assistidas no centro de Alverca, na rua José António do Carmo, está envolta em polémica com queixas de moradores e autarcas devido a vários incumprimentos por parte do promotor.
A obra fica situada num pátio cercado por outros prédios e os trabalhos originaram deslizamentos de terras que estão a colocar em risco os logradouros das outras habitações. Alguns moradores, escutados por O MIRANTE, queixam-se também de problemas de drenagem com as recentes chuvas e dificuldades na contenção de terras.
Confrontada com queixas dos moradores, a Câmara de Vila Franca de Xira enviou no final de 2016 a fiscalização municipal ao local que confirmou que os trabalhos não estavam a decorrer conforme projectado e, para não colocar mais em risco os logradouros, foi ordenado o embargo da obra.
O problema, diz o município, é que o promotor desrespeitou o auto de embargo e continuou as obras normalmente. Alberto Mesquita, presidente do executivo, diz que se trata agora de um crime de desobediência e que o caso já seguiu para o departamento jurídico da câmara.
“O embargo foi desrespeitado e está em causa a construção de uma cave. Pedimos um projecto de alterações que já nos foi entregue mas tivemos dúvidas e pedimos elementos adicionais que ainda não nos foram enviados, pelo que a obra não deveria estar a acontecer”, explicou o autarca na última reunião pública de câmara. Alberto Mesquita diz que a câmara “está a tentar que o empresário desenvolva o seu ofício” mas lembra que para isso “é preciso cumprir as regras”.
O assunto tem merecido também queixas e alertas por parte da bancada da CDU na câmara municipal desde o princípio de Dezembro último, altura em que o vereador Nuno Libório alertava para a instabilidade nos terrenos que estavam a ser causadas pela obra. “É importante podermos tranquilizar a população e saber se a situação está normalizada e quais os reais impactos das obras nos quintais das envolventes habitacionais. Há ali grandes problemas de drenagem e contenção de terras”, avisou.
Um morador da zona, Fernando Fonseca, diz-se também “muito preocupado” com o assunto e admite expor o caso ao Provedor de Justiça. “Não é admissível que a câmara embargue uma obra e as pessoas façam ouvidos moucos disso e continuem a trabalhar. Por mim, naquele local nunca deveria ser construído nada sem que primeiro se avaliasse em detalhe se as terras aguentam. E se as terras cederem o que será dos nossos prédios?”, interroga-se.
O MIRANTE tentou contactar a dona da obra, o Clube dos Sábios, para obter mais esclarecimentos sobre este caso, mas sem sucesso.

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