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Burlado está há quase seis anos à espera de indemnização e a somar azares na vida

Carlos Filipe depois da burla na compra de um carro teve um acidente em que morreu uma pessoa

Carlos Filipe foi vítima de burla na compra de um carro usado há quase seis anos e desde essa altura tem somado azares, a começar pelo facto de ainda não ter recebido a indemnização que o burlão foi condenado a pagar. Entretanto divorciou-se e esteve envolvido num acidente de viação em que morreu uma pessoa e ficou inibido de conduzir durante um ano, por decisão judicial. Ao longo deste tempo, Carlos, de 50 anos, residente na Golegã, tem visto a sua situação financeira degradar-se e complicou-se ainda mais com o processo do acidente, uma vez que tem despesas judiciais para pagar.
Carlos Filipe, que desabafa que “a justiça só vê para um lado”, ainda tem o carro, um Volkswagen, que comprou ao burlão, mas já teve de o pôr à venda. “Para ver se faço algum dinheiro porque os últimos dois anos têm sido muito difíceis para mim. Primeiro foi o divórcio, depois o acidente e a vida não tem sido nada fácil”, conta. Carlos está há cinco anos e meio à espera de receber a indemnização fixada pelo tribunal, de 4.495 euros.
O empresário de Alcanena que vendeu o automóvel a Carlos Filipe, tinha sido condenado a quatro anos de prisão com a pena suspensa, desde que cumprisse a obrigação de pagar o valor. O condenado recorreu para o Tribunal da Relação de Coimbra e a pena foi reduzida para três anos de prisão mas continuou a ser obrigado a pagar a indemnização, sendo que metade do valor devia ter sido liquidado no prazo de um ano.
Recentemente, a 30 de Janeiro, o tribunal ordenou que se averiguasse se o arguido possui bens móveis e imóveis, bem como se aufere algum rendimento, no sentido de poder executar a sentença e através dos bens ressarcir Carlos e outro lesado. Carlos Filipe, 50 anos, comprou a viatura com a quilometragem alterada e com o livrete e registo de inspecção falsificados.
Até agora a vítima só recebeu, por transferência para a sua conta bancária, uma quantia de cerca de 55 euros. “Foram feitos três depósitos de 10 euros e outro de 25 euros até agora”, conta a vítima a O MIRANTE.
“Quando foram feitos os depósitos nem percebi de onde vinham porque eram feitos de uma conta de uma senhora”, acrescenta Carlos Silva, que diz necessitar do dinheiro urgentemente. Carlos trabalha na Azambuja e desloca-se para o seu emprego no autocarro da empresa que disponibiliza esse serviço.

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