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Grupo coral de Alhandra precisa de mais convites

Grupo coral de Alhandra precisa de mais convites

O coro da Sociedade Euterpe Alhandrense gostava de ter sangue novo nas suas fileiras, sobretudo homens, embora o fundamental seja conseguirem mais actuações. A crise quase lhes cortou o pio, mas os 30 membros do coro mais antigo do concelho de VFX ainda resistem.

É uma das secções da Sociedade Euterpe Alhandrense, que também é a colectividade mais antiga do concelho. Começaram por ser sete, entre eles um casal que fundou o grupo e que está no coro há já 45 anos, e são agora cerca de trinta, com idades entre os 40 e os 84 anos.
“Há uns anos chegámos a ter membros mais jovens, mas agora isso não acontece”, lamenta Carla Oliveira, vice-presidente da colectividade e responsável pelo coro. A culpa foi também do menor número de concertos, que por sua vez tem origem na crise financeira que não poupou as colectividades.
“Tínhamos cerca de 20 concertos por ano e temos vindo a notar um decréscimo de convites. Não nos podemos esquecer que o coral tem ainda um factor social importante, de convívio e intercâmbio”, sublinhou o presidente da direcção da Sociedade Euterpe Alhandrense, Jorge Zacarias.

Coro de Setúbal juntou-se ao da Lezíria
A maioria dos grupos corais do país actua fora do seu concelho a convite de outros grupos, como aconteceu no passado fim-de-semana, em Vila Franca de Xira. O grupo coral de Azambuja actuou na Fábrica das Palavras, em virtude de um protocolo estabelecido com o município, e convidou o Grupo Coral Luísa Todi, de Setúbal, para se lhe juntar. Em conjunto, cantaram duas músicas, tendo sido o resto do repertório interpretado pelo Grupo Coral Euterpe Alhandrense. “Gostamos muito de cantar, mas o convívio também é importante. Queremos é que nos convidem”, disse a O MIRANTE Idalina Piedade.

Não vivem sem cantar... nem sem o outro

Manuel e Idalina Piedade, de 74 e 73 anos, são dois dos fundadores do Grupo Coral da Sociedade Euterpe Alhandrense, criado em 1971. “Eu disse-lhe que só entrava para o coro quando fizéssemos dois anos de casados, podíamo-nos chatear”, contou Idalina, uma mulher precavida. E assim foi: tinham casado em 1969 e 24 meses depois criaram, com amigos da colectividade (da qual já eram sócios) o coro.
Manuel explica o fascínio pelo canto: “Sou do Alentejo, lá cantamos mesmo sem necessidade”. Idalina trabalhara alguns anos no Brasil antes do casamento, de lá trouxe talvez a desenvoltura. Até porque o casal não é só conhecido pelas vozes: “Adoramos dançar. No baile as pessoas paravam para olhar para nós”, revelou, de sorriso rasgado, Manuel Piedade.

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