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Santarém não abdica da variante ferroviária e de obras de fundo na EN362

Presidente do município manifestou o seu desagrado pelo esquecimento a que sucessivos governos têm votado esses projectos e apelou à união de todas as forças políticas para pressionar Lisboa.

O presidente da Câmara de Santarém apelou, na última reunião do executivo, à união de todas as formas políticas no sentido de pressionar o Governo a não esquecer dois investimentos que considera cruciais para o desenvolvimento do concelho: a variante da Linha do Norte entre Vale de Santarém e Mato de Miranda e a requalificação da Estrada Nacional (EN) 362 entre Santarém e Alcanede, zona onde está situada boa parte do tecido empresarial do concelho.
Já em Abril de 2014 O MIRANTE noticiara que a alteração do traçado da Linha do Norte na zona de Santarém estava fora dos planos do Governo no actual quadro comunitário de apoio (Portugal 2020), não constando do Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas. Agora, Ricardo Gonçalves (PSD) disse ter recebido informação escrita de organismos do Estado a dizer que pelo menos nos próximos cinco anos o projecto não vai avançar e que os terrenos cuja utilização estava condicionada para esse fim deixaram de estar.
Uma situação que preocupa Ricardo Gonçalves, já que esses solos poderão vir a ser usados para outras finalidades e, eventualmente, obrigar a alterações ao projecto e a encarecer a sua concretização, caso mais tarde o Governo decida avançar com a obra. O autarca diz que tem mantido contactos com governantes sobre o assunto e considera que abdicar da variante ferroviária seria hipotecar o futuro da cidade e do concelho.

Constrangimentos à circulação ferroviária vão continuar
Recorde-se que devido à instabilidade das barreiras de Santarém, a circulação de comboios na zona de Santarém faz-se a uma velocidade mais reduzida, sendo um dos constrangimentos mais relevantes no traçado da Linha do Norte, que liga Lisboa ao Porto.
A variante ferroviária de Santarém devia substituir o actual traçado da Linha do Norte entre Vale de Santarém e Mato de Miranda, numa extensão de cerca de 26 quilómetros. Previa a construção de uma nova estação na cidade, na zona da Portela das Padeiras. O estudo de impacte ambiental do projecto chegou a estar em fase de consulta pública em 2008. O investimento previsto era, à época, de 220 milhões de euros.
Em relação à EN362, voltou a defender uma intervenção de fundo, com correcção de traçado, e não apenas a requalificação do pavimento que estará prevista pela empresa pública Infraestruturas de Portugal. “É uma zona do concelho onde a facturação anual das empresas ronda os 500 milhões de euros, sendo mais de metade relativa a exportações”, recordou para enfatizar a necessidade da obra e demonstrar o seu desagrado por a mesma ter ficado de fora do Programa de Valorização das Áreas Empresariais, apresentado recentemente pelo Governo no Entroncamento (ver texto nesta página).

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