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Fotografias de Francisca da Silva põem tudo a nu em Santarém

Fotografias de Francisca da Silva põem tudo a nu em Santarém

Fotógrafa residente em Vale de Figueira expõe pela primeira vez na cidade. Nasceu e viveu na Holanda mas decidiu há uns anos mudar-se para o Ribatejo.

A galeria do Fórum Actor Mário Viegas, em Santarém, acolhe desde sábado, 4 de Março, uma exposição de fotografia de Francisca da Silva, residente em Vale de Figueira. A mostra, intitulada “Woman in Black & White”, consiste em imagens a preto e branco com o nu feminino como tema inspirador. Pode ser vista até 25 de Março.
Francisca da Silva, 71 anos, nasceu na Holanda, mas após algumas visitas a Portugal e de conhecer esta região ficou encantada e decidiu mudar-se para Vale de Figueira onde reside desde 2003. “Esta região do país é muito atractiva. Fiquei apaixonada pela região, sobretudo porque gosto muito de cavalos e Vale de Figueira está perto da Golegã”.
Já realizou algumas exposições colectivas, nomeadamente em Lisboa e Ferreira do Zêzere, mas é a primeira vez que a fotógrafa faz uma exposição a título individual. “Foi a Câmara de Santarém que se interessou pelo meu trabalho e contactou o CCRS para fazer a exposição”, refere a artista.
Francisca da Silva conta que, desde sempre, manifestou interesse pela fotografia. Para ela, “a fotografia é uma maneira de expressar linhas, coisas bonitas para ver”. A artista aprendeu e desenvolveu a sua técnica e estilo, muito rapidamente, lendo, experimentando e acompanhando fotógrafos experientes nas suas sessões.
“Enquanto estive na Holanda não tive muito tempo para tirar fotografias”, diz Francisca. Foi só no nosso país que comprou uma câmara DSRL, em 2006, e decidiu aplicar-se, seriamente nessa arte. Começou a tirar fotografias de natureza, nomeadamente insectos e flores, e na rua. Só a partir de 2012 iniciou uma nova fase, focando-se mais em modelos de diferentes nacionalidades, levando-a a fazer sessões fotográficas, regularmente, tanto em Portugal como em Inglaterra, Irlanda e Escócia. Com vários prémios atribuídos em salões internacionais, o seu trabalho tem vindo a ser reconhecido em vários países.
No futuro, Francisca da Silva espera fazer novas exposições aqui em Santarém. “A primeira exposição que quero fazer é com fotografias do mar mas preciso só de mais tempo”, anuncia.
Esta é a primeira exposição organizada pela nova direcção do Centro Cultural Regional de Santarém (CCRS). Segundo Elias Rodrigues, actual presidente da direcção do CCRS, “já tínhamos notícia do trabalho desta fotógrafa e ficámos extremamente satisfeitos com as magníficas fotografias que aqui tem” expostas. Destaca também a escolha, por parte da artista, dos modelos usados e a beleza das suas posturas, bem como a utilização do grande contraste do preto e branco para salientar um gosto pelo corpo feminino que, “neste caso, é magnífico em termos de sensibilidade”, afirma.

Centro Cultural com mais exposições para este ano

O presidente da direcção do Centro Cultural Regional de Santarém disse a O MIRANTE, na inauguração da exposição de Francisca da Silva, que há mais exposições programadas para os próximos meses.
“Depois desta exposição de fotografia haverá também, em Abril, uma outra exposição de fotografia de Joaquim Baeta que se chama ‘As memórias da cidade’ e uma exposição de pintura e escultura que é uma homenagem a Mário Gastão, um escalabitano que faleceu há pouco tempo. Além disso, iremos ter em Maio uma grande exposição de pintores reconhecidos, de âmbito nacional, que são Gil Teixeira Lopes e Matilde Marçal. Vão expor aqui no Fórum Actor Mário Viegas e, em parceria com a câmara, também no Palácio de Landal. Estas são as mais marcantes, apesar de haver outras exposições que também serão interessantes”, anuncia o actual presidente de CCRS.
Para uma população mais jovem, Elias Rodrigues refere que também está previsto alguns eventos, nomeadamente, “em Julho, está programado um Festival Internacional de Artes que é especialmente voltada para artistas jovens. Estarão duas semanas em Santarém, aqui sedeados com espaço de atelier e espaço de exposição e com obras a expor nos espaços públicos da cidade. Acompanhado, paralelamente com outras iniciativas, nomeadamente um ciclo de jazz dirigido a captar diferentes idades, mas muito a acreditar na atractividade dos jovens”.

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