Administrador da Roques Vale do Tejo realça crescimento de vendas de veículos eléctricos

Administrador da Roques Vale do Tejo realça crescimento de vendas de veículos eléctricos

Concessionário Renault mostrou novos modelos da marca com autonomia para 400 Km. Os carros eléctricos são o futuro. Esta é a ideia de autarcas e empresários com quem O MIRANTE falou momentos antes do início da cerimónia das Personalidades do Ano que o jornal realizou no Centro Cultural do Cartaxo. Na entrada e no átrio do edifício a empresa Roques Vale do Tejo, concessionário Renault em Santarém, teve em exposição cinco dos mais modernos modelos eléctricos da marca.

O administrador da Roques Vale do Tejo, Frederico Roque, explicou a
O MIRANTE que, há cerca de quatro anos, a Renault investiu bastante no desenvolvimento de veículos totalmente eléctricos. “Logo de início a marca saiu com três modelos eléctricos. O Twizzie, mais adaptado a crianças; o Zoe, que é uma viatura de classe média citadina, totalmente eléctrica e uma carrinha Kangoo eléctrica para o tecido empresarial”, disse.
Frederico Roque refere que ao longo dos anos tem havido evoluções muito consideráveis na autonomia daquele tipo de veículos. “O Zoe, que é o nosso eléctrico de referência, saiu inicialmente para o mercado com uma autonomia de 160 quilómetros e agora já tem capacidade para fazer cerca de 400 quilómetros. Além disso, o cliente faz 100 quilómetros e gasta 1,6 euros de electricidade o que sai muitíssimo barato”, sublinha.
O empresário não tem dúvidas que os carros eléctricos se vão implantar cada vez mais. “A procura tem sido fantástica. Alguns países já anunciaram que dentro de alguns anos vai ser proibida a circulação e comercialização de carros com motor de combustão. As marcas estão a investir muito nos veículos eléctricos que são uma energia não poluente e este é um tipo de mercado que vai crescer porque a tecnologia está a evoluir muito e muito rapidamente”, destaca. Acrescenta que em Portugal só ainda não há mais veículos eléctricos em circulação devido à falta de postos de carregamento mas que com o aumento da autonomia dos mesmos está a ser compensado esse déficit.
“As pessoas estão cada vez mais sensibilizadas para o uso deste tipo de veículos. Depois de experimentarem ficam rendidas. Quando chegamos a casa colocamos os telemóveis e todos os aparelhos electrónicos a carregar e com os carros será a mesma coisa. Com a venda de um carro eléctrico está incluído um posto de abastecimento que fica na garagem onde o carro pode carregar”, explica Frederico Roque.
O administrador da Roques Vale do Tejo diz que tem havido bastante procura por parte de particulares e empresas. “Temos clientes que vivem em Santarém e trabalham em Lisboa e o carro tem autonomia suficiente para ir e vir. É um veículo muito mais economizador”, garante. Existe a vantagem para as empresas que adquirem viaturas eléctricas uma vez que é possível deduzirem o IVA, o que não é possível num carro a combustível.
Um veículo eléctrico não emite qualquer gás poluente, permite uma condução mais silenciosa e suave devido à ausência de várias peças móveis no motor, nomeadamente do sistema de escape e o custo de energia eléctrica despendida corresponde a um terço do valor do custo do combustível utilizado por veículos com motores de combustão interna. Para além disso os veículos eléctricos têm menos custos de manutenção já que não precisam de mudanças de óleo frequentes e outras, operações de manutenção pois os motores têm menos peças móveis no motor.

Autocarros eléctricos vão demorar mais tempo a chegar

O administrador da Rodoviária do Tejo, Orlando Ferreira, diz que tão cedo não haverá autocarros movidos a energia eléctrica porque as experiências já feitas não foram animadoras. “As baterias utilizadas nos autocarros eram de chumbo e de quatro em quatro horas era necessário trocá-las. Ainda por cima pesavam cerca de uma tonelada. A operação ainda é difícil para os veículos pesados”, explica.
O gestor diz que os transportes públicos também irão utilizar viaturas eléctricas mas que, devido ao preço a que as mesmas serão comercializadas será difícil aos operadores privados apostarem sozinhos naquele tipo de viaturas.
“Em circuito urbano é será possível dentro de alguns anos haver autocarros eléctricos mas terão que existir parcerias. O caminho vai ser longo mas vai acabar por acontecer porque o futuro está neste tipo de veículos por serem amigos do ambiente”, considera.

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