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Andreia Cardoso

Andreia Cardoso

Consultora Imobiliária na Remax Vantagem, 36 anos, Santarém

Ainda vale a pena tirar um curso universitário? Porquê?
Claro que sim. E não há limite de idade para o fazer. É um passaporte para um bom emprego, para o conhecimento e para novos objectivos e oportunidades.
Somos um povo que se sabe governar?
Não generalizando, seguimos mais as tendências e ligamos mais às aparências do que às próprias necessidades. Vamo-nos desgovernando. Gastamos mais do que podemos, temos mais do que necessitamos e às vezes, quando damos conta, deixámos de nos conhecer.
Nunca pensou trocar o carro pela bicicleta?
Isso é incompatível com a realidade. Não dá para levar e ir buscar filhotes à escola de bicicleta, nem para ir trabalhar de bicicleta. Só de pensar subir a Calçada do Monte em Santarém todos os dias...
Lembra-se da última vez que escreveu uma carta à mão?
Escrevo quase sempre cartas à mão, apesar de não ter uma letra de fácil decifração. Gosto da escrita manual. Quase sempre escrevo à mão, até para entidades públicas. É mais pessoal.
Costuma aproveitar as promoções das grandes superfícies comerciais?
Não compro só por estar em promoção. Normalmente só compro o essencial. Mesmo os miúdos já sabem que a fase do sim a tudo já passou. Para eles é importante que temos que resistir ao supérfluo e ao capricho.
A que político aumentava impostos e cortava subsídios?
A qualquer um que abuse do cargo que tem, que nos desrespeite e que não seja humano.
Já a abordaram a pedir comida?
Já me aconteceu algumas vezes pedirem-me dinheiro na rua e dizerem que é para comida. Eu limitei-me a dizer que se era para comida íamos comprar. E fomos. Tenho sempre o cuidado de pensar que poderia ser eu a precisar.
No Verão prefere praia ou campo?
Praia. Adoro o cheiro, a imensidão da água, o barulho dos miúdos, as bolas de Berlim, o sentimento de sossego, o sentimento de despreocupação...
Concorda que casais homossexuais possam coadoptar? Porquê?
Claro que sim. Afinal a maioria das crianças que estão para adopção é porque foram abandonadas por heterossexuais. As crianças precisam de quem lhes dê amor, carinho.
No Carnaval, quando era criança, qual a sua máscara preferida?
Hoje não gosto muito do Carnaval, ainda assim lembro-me de me mascarar em pequenita e até de ser muito exigente. Os tais caprichos na época dos ‘sins’. Gostava de dois ou três fatos diferentes. As fotografias da época revelam de tudo, índia, palhaço, gato...
O que punha a funcionar na sua terra que não existe? Porquê?
Voltaria a pôr a funcionar o Teatro Rosa Damasceno...que saudades, lembra-me a minha infância. Tenho pena dos meus filhos não o conhecerem como eu conheci.
Do que é que sente mais saudades? Porquê?
Da minha infância. Apesar dos meus pais serem separados há muitos anos e de eu não ter sequer o registo de os ver juntos enquanto casal, tive uma infância muito feliz. Fui uma privilegiada mas também era uma boa menina. Aqueles amigos (que ainda hoje o são), aquelas brincadeiras, o poder estar sozinha em casa nos meses de férias sem as preocupações de hoje, o ter a chave de casa aos 8 anos, o brincar na rua....
Se pudesse encarnar uma personagem por um dia, qual escolheria?
Gostava de ser homem por um dia para poder comprovar se aquilo que dizemos de os homens terem a vida mais facilitada é mesmo verdade.
O que faz falta em Santarém?
Estacionamentos sem tantos parquímetros; um centro histórico limpo e renovado que nos atraia a passear, visitar e fazer compras sem termos de ir para outros centros. Faz também falta gente que não tenha medo de arriscar; de fazer coisas diferentes e de trazer coisas diferentes para a cidade.

Andreia Cardoso

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