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Fátima tem três novos hotéis em obras e melhorias noutras unidades

Investimentos no parque hoteleiro estão a decorrer porque a procura tem vindo a aumentar

A mês e meio da visita do Papa Francisco, a cidade de Fátima tem três novos hotéis em obras de construção ou requalificação e outras unidades hoteleiras sujeitas a melhorias.
No centro da cidade, na Rua de São Paulo, decorrem as obras de ampliação e requalificação de uma futura unidade hoteleira de quatro estrelas, umas das maiores intervenções em curso, que representa um investimento de cerca de 3,4 milhões de euros (2,4 milhões de fundos comunitários e o restante privado).
Já numa das ruas laterais ao Santuário de Fátima e numa das principais avenidas a oeste do recinto decorrem trabalhos de requalificação de outras duas unidades hoteleiras, que vão passar de três para quatro estrelas, com melhorias na qualidade e serviços disponibilizados aos clientes.
Alexandre Marto Pereira, vice-presidente da Associação Empresarial Ourém-Fátima (ACISO) e administrador de um grupo hoteleiro, diz que os investimentos não estão directamente relacionados com a visita do papa “porque nenhum hotel se paga com uma noite, mesmo aos preços exorbitantes a que a imprensa pensa que [os quartos para 12 e 13 de Maio] estão a ser vendidos”.
De acordo com o empresário de hotelaria, os investimentos no parque hoteleiro estão a decorrer “porque, de facto, a procura em Fátima tem vindo a aumentar”, como provam, disse, os números de dormidas de 2015 (727 mil noites) “que foram um recorde” e que em 2016 terão aumentado novamente, embora ainda não existam dados estatísticos.
“Em 2017 pensamos poder alcançar um milhão de noites. A procura tem vindo a aumentar, embora, infelizmente, a oferta também tem vindo a aumentar e digo infelizmente porque as taxas de ocupação em Fátima são muito baixas”, argumentou Alexandre Marto Pereira.
Por outro lado, o responsável da ACISO diz que se está a ocorrer em Fátima “uma elitização da procura” por parte de turistas do mercado nacional “que são cada vez mais de segmentos económicos mais elevados”, enquanto do mercado internacional chegam turistas e peregrinos de origens “cada vez mais longínquas” em que o custo do hotel “é diluído” no pacote turístico contratado.
“Por exemplo, num pacote turístico da Índia para cá, não é uma diferença de 15 ou 20 euros que faça as pessoas preferirem o mais barato. E se o avião e hotel custar 1.500 euros num três estrelas ou 1.600 num hotel de quatro estrelas, as pessoas ficam num quatro estrelas, porque essa diferença de 100 euros dilui-se no pacote da viagem. E os hotéis têm de responder a essa procura requalificando-se, com mais estrelas e mais serviços”, explicou Alexandre Marto Pereira.

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