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O amianto pode ser perigoso mas não vai desaparecer de um dia para o outro

A utilização do amianto foi permitida ao longo de décadas, nomeadamente em materiais de construção civil. Por esse motivo o país tem milhares e milhares de edifícios particulares e públicos onde foi utilizado o amianto e onde vai continuar a existir amianto durante mais alguns anos. Geralmente as pessoas associam o amianto apenas aos edifícios públicos e à inércia do Estado mas há quem continue a habitar casas com amianto.
Desde 2005 que a comercialização e utilização de amianto é proibida em Portugal. Mas isso só aconteceu graças à transcrição de uma norma europeia para a nossa legislação, note-se. E a norma europeia era de 2003. Se não estivéssemos na União Europeia ainda estaríamos a usar amianto, infelizmente. Retirar todo o amianto que existe em Portugal, de um dia para o outro, é impossível. O que é mais visível, que é o que foi usado nos telhados, irá sendo removido à medida que for ficando degradado porque só nessa altura é que se torna perigoso uma vez que o perigo advém da inalação das fibras libertadas para o ar.
A esse propósito convém relembrar o que diz a Direcção Geral de Saúde a respeito do assunto: “Regra geral, a presença de amianto em materiais de construção representa um baixo risco para a saúde, desde que o material esteja em bom estado de conservação, não seja friável e não esteja sujeito a agressões directas. Qualquer actividade que implique a quebra da integridade do material (corte, perfuração, quebra, etc.) aumenta substancialmente o risco de libertação de fibras para o ar ambiente. Quando se suspeite da existência de material com amianto e com risco de libertação de fibras para o ar, só com medições feitas com equipamento adequado e por técnicos especializados é que é possível a determinação destas fibras e da sua concentração. Neste contexto, a confirmação da presença de amianto em determinado material deverá ser feita através de análise em laboratório. Confirmada a presença de amianto será necessário proceder à avaliação da contaminação do ar por fibras respiráveis que requer a intervenção de técnicos com formação especializada e o recurso a equipamento adequado”.
Francisco R. Mendes

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