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Entidades do ambiente precisam de sair dos gabinetes e investigar maus-cheiros em Alhandra
AVISO. Autarcas dizem que as entidades fiscalizadoras precisam de ter mais atenção

Entidades do ambiente precisam de sair dos gabinetes e investigar maus-cheiros em Alhandra

População e autarcas querem medidas mais rápidas e permanentes para acabar com problema. Há também preocupação por não se saber se os gases emitidos são prejudiciais para a saúde.

É preciso uma presença mais intensa das autoridades ambientais em Alhandra que permita descobrir exactamente a origem dos maus cheiros que estão a causar incómodos na população. A ideia foi defendida por vários eleitos na última Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira, realizada a 4 de Abril na Associação de Promoção Social da Castanheira do Ribatejo.
Nas últimas semanas um conjunto de cheiros intensos têm-se feito sentir e causado náuseas e irritações oculares em algumas crianças. A maior fábrica da vila, a Cimpor, já veio negar ter qualquer responsabilidade no caso. O presidente da câmara, Alberto Mesquita (PS), tem um dossiê com dezenas de ofícios enviados às entidades fiscalizadoras do ambiente para que resolvam o problema mas sem grandes resultados até à data.
“Vamos novamente insistir para que efectivamente se perceba qual é a empresa que está a poluir. Sobre as questões de poeiras em suspensão já percebemos que é a Cimpor, mas sobre os cheiros não há ainda qualquer relação e por isso as entidades ambientais têm de fiscalizar para perceber qual é a empresa que está a produzir estes maus cheiros”, defendeu.
Na última semana o município voltou a queixar-se à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e à Inspecção-Geral da Agricultura, Mar, Ambiente e do Ordenamento do Território sobre o problema. “Temos comunicado de imediato sempre que há queixas. É preciso uma presença mais ginasticada das entidades competentes para descobrirem exactamente o que é”, critica Fernando Paulo Ferreira, vereador com o pelouro do ambiente.
A bancada do Partido Socialista, por Anabela Bastos, também lamentou que os cheiros nas últimas semanas se tenham intensificado e disse temer pelas suas possíveis consequências. “Não se sabendo de forma comprovada qual a origem dos cheiros tão agressivos ao bem estar da população, não se sabe se os mesmos são ou não prejudiciais para a saúde pública. Recomendamos ao executivo que continue a efectuar todas as iniciativas ao seu alcance junto das entidades da administração central para que, de uma vez por todas, seja possivel concluir quais as empresas responsáveis por tal situação”, criticou.
Também Rui Perdigão, do Bloco de Esquerda e morador de Alhandra, disse estar preocupado. “Não sabemos que gases estamos a respirar. Apesar de nos serem facultados resultados da quantidade de partículas no ar não sabemos a qualidade dos gases da co-incineração”, alertou.
Os problemas de maus-cheiros provenientes da actividade fabril na freguesia de Alhandra já se arrastam há mais de quatro meses mas têm sido mais frequentes nas últimas semanas. O MIRANTE questionou a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) sobre o assunto mas até hoje não recebeu qualquer explicação.

Entidades do ambiente precisam de sair dos gabinetes e investigar maus-cheiros em Alhandra

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