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UGT rejeita acusações da CGTP de inscrição de trabalhadores por coacção

Polémica entre sindicatos tem como pano de fundo empresa de Santo Estêvão, Benavente

A União Geral de Trabalhadores (UGT) rejeitou as acusações do SINTAB, Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura, afecto à CGTP, de inscrição de trabalhadores por coacção na fábrica da Marinhave, situada em Santo Estêvão, Benavente.
“Repudiamos, e a elas não nos associamos, quaisquer eventuais práticas de ilegítima coacção ou pressão sobre os trabalhadores, sejam elas praticadas por quem forem”, pode ler-se no comunicado da UGT, remetido à agência Lusa, em resposta a uma posição pública do SINTAB sobre os trabalhadores da Marinhave, empresa dedicada à produção de carne de pato e seus subprodutos.
O SINTAB - Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal, acusou no dia 5 de Abril a administração daquela empresa de “coacção e assédio moral”, de “fecharem trabalhadores individualmente numa sala para assinarem aditamentos aos contratos” e de diversos tipos de ameaças, entre elas o “’pedido’ de filiação em outra entidade sindical”, referindo-se à UGT.
“Enquanto os trabalhadores não assinam o documento são alvo de várias ameaças”, pode ler-se no documento enviado na altura pelo SINTAB, que acrescenta que, “com a sindicalização no sindicato da UGT, os trabalhadores são privados de vários direitos, já que a Convenção Colectiva assinada por esta Confederação obriga o trabalho em regime de adaptabilidade e de banco de horas sem qualquer contrapartida para os trabalhadores”.
A UGT afirmou “lamentar que aquele sindicato da CGTP, porventura para tentar disfarçar a sua eventual incapacidade de representar e defender os seus associados na referida empresa, ou de intervir junto dos demais trabalhadores, tenha optado por vir caluniar a UGT em vez de tomar as atitudes que, perante tal situação, se impunham junto da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e dos tribunais”.
A UGT assegura que “não assinou qualquer convenção colectiva nesse sector, muito menos com a Marinhave”, tendo feito notar que aquela Confederação Sindical “não pratica a negociação colectiva directa, nem tem intervenção nos processos negociais dos seus sindicatos”.
Por outro lado, pode ainda ler-se no documento, “desconhece o SINTAB, o que consideramos grave para uma organização que supostamente defende trabalhadores, que existe no Código do Trabalho, devidamente regulamentada, a figura do “Banco de Horas Individual”, que pode ser negociada directamente entre as empresas e os trabalhadores, sem qualquer intervenção dos sindicatos”, tendo concluído ao afirmar que “não é este o tipo de sindicalismo que a UGT e os seus sindicatos defendem”.

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