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Luto nacional pela tragédia de Pedrógão Grande não parou Festas do Entroncamento

O Governo decretou 18, 19 e 20 de Junho como dias de Luto Nacional. Durante os dias de Luto Nacional a Bandeira Nacional deve ser içada a meia haste em todos os edifícios públicos e, de acordo com a tradição, devem ser cancelados ou adiados todos os festejos organizados ou promovidos por entidades públicas.
No Entroncamento a câmara municipal optou por não cancelar as festas da cidade, nomeadamente as actividades de animação e os concertos, dando mostra de falta de sensibilidade, ao contrário do que aconteceu nem Abrantes, Almeirim e Cartaxo onde também decorriam festas idênticas.
Foi uma decisão lamentável mas pelo menos não deixa dúvidas a quem tinha dúvidas sobre os verdadeiros valores do presidente socialista Jorge Faria e dos que o apoiaram naquela decisão.
Maria Filomena Rodrigues

Não foi só no Entroncamento. Em Ourém o presidente da câmara, Paulo Fonseca, que por acaso também é do PS, também decidiu que não seriam 62 mortos a estragar-lhe a festa e a tirar-lhe palco em ano de eleições autárquicas. Seguiu a música e até o sensível Salvador Sobral aceitou cantar quando podia alegar que, sendo um rapaz fraquinho do coração, estava demasiado emocionado como sofrimento das vítimas. Gentinha!
E depois andamos a criticar os jogadores da Arábia Saudita por não terem respeitado o minuto de silêncio em memória das vítimas do atentado de Londres antes do jogo com a Austrália para a qualificação para o campeonato do Mundo.
João Favas

Nós portugueses somos assim mesmo. Quando damos ao pobre só damos o que já está podre ou estragado e se ele faz alguma observação é um ingrato. Gostamos muito de correntes solidárias e manifestações solidárias mas é só pelo folclore e porque podemos dar nas vistas e aparecer na televisão e mesmo assim só alinhamos se não não der muito trabalho nem chatices porque andamos muito ocupados a tratar nas nossas vidas.
Assim que acontece uma tragédia como esta de Pedrógão Grande as televisões e jornais enchem-se de pessoas solidárias, generosas e de políticos que apregoam tudo e mais umas botas. Passados alguns meses verifica-se que os prometidos apoios não se concretizaram, os concertos de solidariedade só deram uns míseros euros porque houve muitas despesas com coisas que eram fornecidas por quem estava lá para se solidarizar consigo mesmo. Nas contas solidárias só lá entram uns trocos porque agora tenho as férias para pagar e quero trocar de carro para aproveitar as promoções.
As generalizações são sempre injustas mas nestes assuntos essa injustiças não afectam assim tanta gente. Efectivamente só uma minoria contribui. E se calhar ainda bem. É que de cada vez que algum afectado consegue ser ajudado a sério, a inveja do que ele conseguiu é tanta, tanta, que até dá vómitos.
Francisco Mendes Inverno

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