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Colossal Manuel Serra d’Aire 


Soube há pouco tempo que o cabeça-de-lista à Assembleia Municipal de Santarém e líder concelhio do PSD, José Gandarez, é também produtor de cinema, tendo sido responsável pela produção de novas versões de clássicos nacionais como “O Pátio das Cantigas”. E finalmente percebi o filme todo em torno das listas do PSD para as autárquicas em Santarém, em que Gandarez fez a vida negra ao presidente da câmara e companheiro de partido Ricardo Gonçalves, novamente candidato ao cargo.
Aliás, acho que o advogado, para além de produtor de cinema devia também dedicar-se à escrita de argumentos, porque os enredos congeminados nos últimos tempos demonstram que tem vocação para a coisa. Basta lembrar a obra de ficção científica que é o projecto da cidade desportiva da União de Santarém, de que é um dos mentores (para não dizer o mentor), ou a balbúrdia do processo de elaboração das listas, que acabou por não ter um final muito feliz para o seu lado, pois acabou por sair da lista à Câmara de Santarém, onde era número dois, para ser cabeça-de-lista à assembleia municipal.
A candidata do PAN à Câmara de Vila Franca de Xira tem entre as suas prioridades o abandono da utilização de herbicidas. Eu concordo. Sempre sonhei viver num país tropical e estou certo que com essa medida daqui a uns tempos estaríamos numa espécie de selva com casas enfiadas no meio. A não ser que os bons militantes do PAN acreditem que a malta vai agarrar-se às sacholas, sachos e enxadas para eliminar ervas e arbustos no espaço público ou dedicar-se à pastorícia. E, nesse caso, a coisa é ainda mais grave. É como acreditar que o Euromilhões pode sair a quem não joga.
Estas tendências retro estão na moda e o PAN parece gostar de cavalgar (salvo seja) as tendências da época. A propósito de matagais, abro parêntesis para dizer que, pelo que tenho lido nos últimos tempos, a moda da depilação entre o sexo feminino está a sofrer uma inflexão e os bosques entre pernas parece que estão novamente a ressurgir na moda, para gáudio dos aficionados. Voltando ao PAN, perante tanta proposta peregrina desse partido espanta-me que ainda não tenha sido defendida a proibição da venda de mata-moscas e de mafu, armas letais para os nossos irmãos insectos alados, que pelos vistos são discriminados relativamente a outras espécies. E eu pergunto: se as moscas, melgas e mosquitos votassem a postura do PAN seria a mesma?
Em Alcanena, uma reunião de câmara de Agosto não se realizou porque mais de metade dos autarcas não compareceu. Há quem fale em desrespeito pela função e pelos eleitores e eu acrescento também a sobranceria com que os autarcas faltosos, sobretudo os da oposição, desperdiçam o valor da respectiva senha de presença, que andará pelos 70 euros. Uma verba que já dava para fazer umas flores numa qualquer marisqueira da nossa costa, a troco de um par de horas de paleio e votações. Enfim, dá Deus nozes a quem não tem dentes…
Um abraço do
Serafim das Neves

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