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Empresário burlado em venda de camião

Empresário burlado em venda de camião

Espanhol comprou o veículo com um cheque que veio a confirmar-se ser roubado

Joaquim Vieira sabia que podia ser enganado na venda particular de um camião e tomou todos os cuidados mas mesmo assim foi burlado num esquema que envolve espanhóis. O dono da empresa de transportes Abraçotejo, sediada na freguesia de Casével, concelho de Santarém, ficou sem o veículo e viu o valor do cheque, indicado como saldo contabilístico, ainda não disponível, desparecer da sua conta bancária. O banco tinha garantido a autenticidade do cheque mas veio a verificar-se, mais tarde, que este era roubado e tanto o carimbo que o visava bem como as assinaturas eram falsas. O caso está a ser investigado pelas autoridades espanholas e portuguesas.
O dono da transportadora, criada há 10 anos, em Casal da Mariana, além de ter ficado sem o camião, sem o dinheiro, tem tido outros prejuízos. Já teve que ir três vezes a Espanha para prestar declarações à polícia e ver elementos na investigação que permitam identificar os suspeitos. Do camião não há rasto. Joaquim Vieira suspeita que este já tenha sido desmantelado em peças, que foram vendidas para outro país, provavelmente para África.
Joaquim Vieira decidiu colocar um dos camiões, de 2006, que fazia o circuito entre Portugal e França, no portal OLX na internet, pensando que ao evitar a venda a um stand de veículos fazia um negócio mais vantajoso. Pouco tempo após colocar o anúncio apareceu um interessado, que lhe ligou para o telemóvel. Era um português que dizia ser de Portalegre e que comprava camiões, como intermediário, para um espanhol. Agora já se sabe que o número de telemóvel do alegado intermediário de Portalegre pertence a uma mulher residente em Benavente.
O empresário de transportes, com dez camiões a circularem no país e no estrangeiro, combinou encontrar-se com o espanhol para este ver o veículo. Regateou o preço várias vezes mas acabou por aceitar os 20 mil euros que o dono da Abraçotejo pedia. Joaquim Vieira insistiu sempre que o negócio tinha de ser feito durante a semana até ao início da tarde quando os bancos ainda estavam abertos. Encontraram-se há dois meses, numa segunda-feira, no parque de estacionamento do hipermercado à saída da cidade para as Fontainhas. Com o cheque do BBVA entregue pelo espanhol, Joaquim dirigiu-se à Caixa Geral de Depósitos onde tem conta para confirmar a sua validade. A caixa contactou o balcão de Espanha que deu indicações de que estava tudo bem com o documento.
Ciente de que estava a fazer um negócio de confiança, o empresário entregou o camião e ficou à espera que o dinheiro ficasse disponível na conta, o que não aconteceu. Quando deu pela situação no seu extracto bancário apresentou queixa na GNR, tendo o caso depois passado para a PSP de Santarém. Fez queixa também na Guardia Civil espanhola, tendo o caso ficado depois entregue à judiciária deste país. Até ao momento nem o camião apareceu nem os suspeitos foram detidos.

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