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Investidores querem colocar SL Cartaxo na Primeira Liga

Investidores querem colocar SL Cartaxo na Primeira Liga

Accionistas da SAD marcaram presença no jogo de apresentação aos sócios da equipa sénior do clube e não são parcos em ambição.

O grupo de investidores que vai liderar a Sociedade Anónima Desportiva (SAD), cuja criação o Sport Lisboa e Cartaxo aprovou recentemente, por unanimidade, em assembleia-geral, marcou presença no jogo de apresentação da equipa sénior, no Estádio Municipal do Cartaxo. O ambiente foi de festa e não faltaram aperitivos e bebidas no camarote onde se encontravam os homens fortes da futura SAD do clube.
Natural da Guiné-Bissau, Faustino Gomes é o principal investidor na SAD e o porta-voz deste novo projecto. Empresário de jogadores há quase três décadas, Faustino Gomes explicou a O MIRANTE que decidiu investir no SL Cartaxo por ser um clube histórico da região. Para esta época pretende que a equipa fique em primeiro lugar e suba de divisão.
“O objectivo é que o Sport Lisboa e Cartaxo consiga chegar à 1ª divisão nacional de futebol nos próximos quatro ou cinco anos. Conheço a cidade e já vim cá a vários torneios. Sempre gostei do Cartaxo e quis dar algo à cidade”, disse.
O facto do Cartaxo estar próximo de Lisboa também contou para fazer este investimento. Faustino Gomes disse a
O MIRANTE que o investimento no clube será consoante as necessidades. No entanto, no protocolo de parceria entre o clube cartaxeiro e a SAD, a que O MIRANTE teve acesso, o investidor, a empresa Essencelondon, compromete-se desde já a pagar 2.100 euros mensais ao SL Cartaxo durante os dez meses da época desportiva.
Estes 2.100 euros mensais, “garantidos mensalmente pelo investidor”, vão ser geridos pelo SL Cartaxo, com o objectivo de pagar o aluguer do campo de treinos da equipa de juniores, em Vila Nova de São Pedro (concelho de Azambuja), que tem um custo mensal de 700 euros. Além disso, a mensalidade também servirá para pagar os vencimentos dos colaboradores do clube: um fisioterapeuta (250 euros); um técnico de equipamentos (250 euros); um treinador de juniores (200 euros) e um treinador adjunto/preparador físico (100 euros); um coordenador técnico (350 euros); e um administrativo (250 euros). Estes funcionários, todos escolhidos pelo SL Cartaxo, também estarão à disposição da SAD.
Assim que a SAD estiver constituída, a percentagem de lucro será de 40 por cento (%) para a Essencelondon, outros 40% para a Winner Sport Sarl – empresas que constituem a SAD - e 20% para o SL Cartaxo. O total do lucro proveniente da bilheteira de todos os jogos da equipa sénior revertem para o investidor, assim como a totalidade da receita proveniente do merchandising e marketing da equipa sénior. Os direitos das equipas de formação serão de 50% para o SLC e 50% para a SAD.
A SAD compromete-se a assumir as despesas com as taxas de jogo aplicadas pela Associação de Futebol de Santarém e o custo com o policiamento das equipas sénior e júnior nos jogos em casa. A SAD dará ao SL Cartaxo uma percentagem de 20% de futuras mais-valias de transacções de jogadores e treinadores que tenham participado no projecto.
Em contrapartida, o SL Cartaxo garante a existência de transporte para as equipas de seniores e juniores para os jogos efectuados fora de casa, ficando a cargo da SAD as despesas inerentes dessas utilizações. O clube também ficará responsável por arranjar voluntários para colaborar na organização dos jogos em casa, nomeadamente para o controlo de entradas, venda de bilhetes e recepção de equipas.

Um plantel com muitas novidades

O plantel do SL Cartaxo apresenta muitas novidades para uma época em que a luta pela subida é objectivo assumido. Da época anterior transitam Tiago Vitoriano, Nuno Afonso, Rui Marchão, Ricardo Diniz, Diogo Oliveira, Juvinal Cabral, Gonçalo Benavente, Diogo Martins e Tiago Pereira. As novidades são Tiago Almeida e Jorginho (ex-Carregado), Bruno Rocha (ex-Bluemanau), Newton Sampaio (ex-Albufeira), João Amoná (ex-Atlético SAD), Jaílson (ex-Carregal do Sal), Ricki (ex-Sintrense), Jackson (ex-Prozis Academy), Tiago Figueiredo (ex-Operário), Ari Oliveira (ex-Esperança de Lagos), Itálo (ex-Baranaus), Leonardo Consulin (ex-Parma), Didi (ex-Desportivo das Aves), Jordão Furtado (ex-Alta de Lisboa), William Neto (ex-Marcílio Dias), Bruno Reguini (ex-Portimonense) e Zidane (ex-Desportivo de Chaves).
A equipa técnica é composta por Wilson Teixeira (treinador principal), Marco Almeida (treinador adjunto), Ângelo Brito (preparador físico), Pedro Henrique (treinador de guarda-redes), José Serrão (observação e análise) e Marco Canadas (fisioterapeuta).
O novo treinador, Wilson Teixeira, explicou a O MIRANTE que esta equipa técnica decidiu aceitar o desafio para dar uma nova vida ao clube. “Ajudar o clube a crescer foi o que me pediram. Trouxemos novos jogadores, continuámos com alguma prata da casa e estou satisfeito com todos eles”, disse o técnico. Quanto a objectivos, o técnico avança que “o Cartaxo está obrigado a ganhar todos os jogos e quem ganha todos os jogos lógico que é para ser campeão. Sabemos que é difícil e vamos dar um passo de cada vez”.
No jogo de apresentação aos sócios, na tarde de 9 de Setembro, no Estádio Municial do Cartaxo, a renovada equipa do Cartaxo venceu a Juventude da Castanheira por 3-1.

Investidores querem reunir com proprietário do Campo das Pratas

O presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), também esteve presente no jogo de apresentação da equipa sénior do SL Cartaxo aos sócios e referiu a
O MIRANTE que a entrada dos investidores no clube é “muito importante”. “Parece que os dirigentes do Sport Lisboa e Cartaxo encontraram uma solução bastante equilibrada com a entrada dos investidores e a constituição da SAD. Encaro esta decisão com optimismo e oxalá as coisas corram de maneira a corresponder às expectativas de ambas as partes. Que o clube possa continua a apostar na formação e volte a ser uma equipa ganhadora como já foi”, disse. Em relação ao processo do Campo das Pratas, onde o SLC treinava antes de ser obrigado a entregar as chaves ao proprietário do terreno depois de este ter interposto uma acção de despejo contra o clube, Pedro Ribeiro afirmou que os investidores pretendem reunir com o proprietário do terreno e os seus representantes de modo a que o Campo das Pratas possa volta a estar ao serviço do clube.

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