Empresa de aplicações electrónicas com raízes em Tomar já chegou além-fronteiras
Jovem tomarense Tiago Carrão foi um dos fundadores da NOOP em 2012
A NOOP, uma empresa da área das aplicações para telemóveis, smartphones e plataformas na Internet, já desenvolveu uma plataforma de reservas para a Wakeboard Portugal, na albufeira do Castelo de Bode, o website e plataforma de submissão de candidaturas do concurso das 7 Maravilhas de Portugal - Aldeias, uma aplicação electrónica para a Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa e outros projectos com clientes de dentro e fora do país, passando já pela Alemanha, Cabo Verde e China.
Um dos seus fundadores foi Tiago Carrão, 29 anos, natural de Tomar e licenciado em Engenharia Electrónica e de Telecomunicações. A NOOP surgiu após uma primeira experiência falhada, a CarWatch, um sistema de vídeo-localização automóvel que não vingou por Tiago e o sócio, Fábio Ferreira, não terem chegado a receber resposta ao pedido de autorização para utilização de dados da Comissão Nacional de Protecção de Dados.
Sem baixarem os braços, lançaram-se para o passo seguinte: a NOOP. O nome surge de uma brincadeira irónica: “Em programação, NOOP vem de “no operation” (sem operação), ou seja, é um comando que não faz nada. Isto é o oposto daquilo que fazemos com a NOOP, em que é tudo através da programação”, explica Tiago.
Para avançarem com o projecto, contaram além do apoio familiar com o dos clientes: “É com eles que mais aprendemos, porque são eles que nos trazem novos desafios todos os dias e que nos levam a dar o nosso melhor”, confessa Tiago.
Além da inspiração, o outro factor mais importante foi a “massa cinzenta”: “A criatividade, o conhecimento e as competências que tínhamos adquirido ao longo dos nossos percursos no ensino superior e no CarWatch. Trabalhámos sempre a pensar no dia seguinte, apenas com um computador cada um e ainda hoje é desta forma que trabalhamos”, revela Tiago, confessando que ele e Fábio têm a liberdade para trabalhar em qualquer lugar, desde que tenham acesso à Internet.
O empresário confessa-se satisfeito por ter arriscado neste projecto pelo “enorme crescimento pessoal e profissional” que lhe permitiu alcançar, pela grande quantidade de pessoas e empresas que lhes permitiu conhecer e por lhe ter dado a possibilidade de regressar a Tomar após o curso em Aveiro, “o que não seria possível de outra forma uma vez que não existiam grandes opções na minha área”.