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Médias acessíveis atraem muitos estudantes de fora para o Politécnico de Santarém

Médias acessíveis atraem muitos estudantes de fora para o Politécnico de Santarém

Cursos proporcionam a entrada no ensino superior a alunos que não tinham a cidade como primeira opção.

As médias acessíveis dos cursos do Politécnico de Santarém são um dos principais motivos que levam muitos jovens a escolherem a cidade ribatejana para a sua formação na hora de fazerem a sua candidatura ao ensino superior. Muitos deles não conheciam a cidade e alguns até tinham uma ideia pré-concebida desajustada da realidade que vieram encontrar. “Pensava que isto era uma parvalheira cheia de forcados, mas afinal é uma cidade desenvolvida e aparentemente normal”, declara Mariana Branco, 19 anos, nova aluna da licenciatura de Negócios Internacionais da Escola Superior de Gestão, que é do Bombarral, distrito de Leiria.
Apesar de não conhecer ninguém que já tivesse ali estudado, Mariana admite que tinha uma imagem muito distorcida da cidade e que esta foi também a opinião que os seus amigos lhe transmitiram quando lhes contou que vinha estudar para Santarém. Conseguiu entrar na sua terceira opção, já que a sua primeira escolha foi Relações Internacionais na Universidade de Évora, mas a sua média não chegou.
Muitos alunos acabaram por vir estudar para o Politécnico de Santarém porque as suas médias são baixas para conseguirem entrar no ensino superior em grandes centros como Lisboa ou Porto. Renata Monteiro, 18 anos, é um exemplo disso. A jovem de Alenquer acabou por ficar colocada na Escola Superior de Gestão de Santarém na sua quarta opção, em Marketing e Publicidade, mas as suas três opções anteriores eram todas em Lisboa e em cursos semelhantes. Conta que conseguiu ser colocada com uma média de 12,3 valores, enquanto que em Lisboa o mesmo curso lhe pedia uma média de cerca de 15 valores. “Escolhi Santarém como opção porque sabia que era o local mais perto de casa onde tinha a certeza que conseguia entrar”, admite.

Ir a casa só no Natal
Outro caso que ilustra a preferência por Lisboa é o de Ema Reis, de 19 anos, vinda da ilha Terceira, nos Açores. A sua primeira opção era Marketing e Publicidade na capital, mas só conseguiu ficar colocada no seu curso de eleição em Santarém, que escolheu como opção pois também lhe permitia ficar perto da irmã mais velha, que havia saído dos Açores há alguns anos para ir estudar para Lisboa e agora vive em Arruda dos Vinhos. Ema queria ter seguido o mesmo percurso que a irmã e ter ido estudar para lá, mas diz-se conformada com a ideia de vir para Santarém. “Antes entrar aqui do que não entrar em nada”, diz.
Mas existem sempre casos que fogem à regra e Mariana Brum é uma excepção que vem contrariar esta tendência. A jovem de 18 anos, vinda também da ilha Terceira, escolheu o Politécnico de Santarém como sua primeira opção para prosseguir a sua formação académica. Mariana entrou no curso de Contabilidade e Fiscalidade na Escola Superior de Gestão e Tecngologia de Santarém com uma excelente média. Conta que fez esta escolha por recomendação de uma amiga que havia escolhido o mesmo curso e a mesma escola, descrevendo-lhe Santarém como uma cidade calma, à qual se poderia adaptar facilmente e onde se sentiria bem.
Quando questionada acerca das suas idas a casa, Mariana ficou muito abalada. “Ainda nem pensei nisso”, responde entristecida, “agora já só devo voltar no Natal”. É visível o nervosismo desta jovem, que se levantou às três da manhã para vir para tão longe de casa. Confessa que tudo a assusta neste momento mas conta que ficou mais feliz pois no avião conheceu outra rapariga da ilha Terceira que também veio estudar para Santarém. “Agora já tenho uma amiga cá”, diz com alegria.

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