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Câmara de Vila Franca de Xira só compra Cimianto se o preço for baixo

Câmara de Vila Franca de Xira só compra Cimianto se o preço for baixo

Município foi autorizado a entrar em negociações para adquirir a antiga fábrica. Problemas ambientais na zona são elevados e, por isso, se não houver negócio a câmara vai avançar em tribunal para que os problemas de poluição deixados pela Cimianto sejam resolvidos.

Caso consiga comprar a antiga fábrica de fibrocimento de Alhandra, a Cimianto, o município de Vila Franca de Xira terá de gastar “largos milhares de euros”, ou até talvez mais, na recuperação do passivo ambiental elevado ali existente. Por esse motivo, entende o presidente da edilidade, Alberto Mesquita (PS), que o preço de venda daquele terreno e respectivos edifícios terá de ser “baixo”.
Na última reunião pública de câmara foi aprovada, por unanimidade, uma proposta de autorização para o estabelecimento de negociações com a massa insolvente da Cimianto visando a compra dos terrenos e edifícios ali existentes. Mas só há negócio se o espaço for barato, já que para resolver a poluição existente vai ser preciso muito dinheiro, aponta um estudo encomendado pelo município sobre os problemas que existem na zona.
O valor não foi tornado público mas nos corredores da câmara fala-se que poderá rondar o meio milhão de euros. Problemas de poluição que, recorde-se, são decorrentes do uso de materiais de fabrico contendo amianto, uma substância tóxica que provoca cancro e polui de forma severa o solo e os lençois freáticos.
“Na Cimianto temos duas situações. A limpeza do aterro, que será resolvida de várias formas com um custo financeiro elevado porque se terá de dar uma solução adequada e legal às terras, como o seu encaminhamento para aterro. E depois temos os edifícios, em que a situação é diferenciada. Em alguns locais é preciso uma intervenção grande e noutros será preciso retirar muito material de fibrocimento e de terra”, lamenta Alberto Mesquita.
No geral, o autarca confessou não ficar muito agradado com o estudo sobre a poluição na zona. “A retirada de todo aquele passivo ambiental terá um custo elevado e por isso a compra terá de ser feita a um preço relativamente baixo, para podermos fazer a limpeza”, nota.

Justiça avança se não houver acordo
Alberto Mesquita avisa também que caso as negociações falhem o município irá avançar em tribunal contra a massa insolvente para que esta proceda à necessária limpeza do espaço poluído. “Poderá não haver acordo, mas em termos jurídicos haverá a obrigação de se resolverem aqueles passivos ambientais por parte da comissão de credores”, avisou Mesquita, mostrando confiança de que será a autarquia a conseguir fazê-lo depois de fechar o negócio.
O preço apontado inicialmente para a compra da fábrica rondava um milhão de euros. Mesquita diz que face ao novo estudo esse valor “terá de ser bastante arredondado para baixo”, já que o passivo ambiental ali existente é “elevado”.

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