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Fiz todos os “disparates” entre os 13 e os 18 anos e depois procurei ter algum juízo

Fiz todos os “disparates” entre os 13 e os 18 anos e depois procurei ter algum juízo

António Borges nascido a 24/8/1965, Presidente da câmara do Sardoal

O presidente da Câmara Municipal do Sardoal, Miguel Borges, diz que tomou decisões muito importantes para a sua vida por altura dos trinta anos mas opta por não divulgar nenhuma delas. Sobre o que não foi feito na região destaca a despoluição do Tejo. “O meu avô era do Pego (um pegacho com muito orgulho) e tinha um barco no Rio Tejo, onde passeávamos e pescávamos. Eram dias de grande festa num Tejo, na época, saudável”, desabafa.

Há trinta anos residia em Abrantes, de onde sou natural. Era uma cidade típica do interior com a qualidade de vida que este mesmo interior oferece. Gostava que a minha terra não perdesse o que de bom deve ter uma cidade “pequena” do chamado interior. A proximidade, um relativo e saudável bairrismo. Uma cidade onde as pessoas se conhecem pelos nomes!

Se não tivéssemos aderido à CEE em 1986 estaríamos votados ao isolamento e ao “abandono”. Fora da Europa não teríamos a qualidade de vida que, apesar de todos os constrangimentos, vamos conseguindo ter.

Conheço O MIRANTE praticamente desde o seu início. É um jornal que sempre me deu uma perspectiva regional que mais nenhum me dá.

Se voltasse a ter trinta anos não mudava nada. Sinto-me muito bem com o meu passado. Não encontro nada de significativo que pudesse ou merecesse ser alterado, mesmo nos erros, nas falhas. Também estes me ajudaram a construir a minha personalidade, a minha forma de estar ou ser.

Vivi muito bem a minha juventude, dentro dos constrangimentos da época. Comecei a trabalhar muito cedo, aos 14 anos. Trabalhando e estudando consegui alguma independência. Fui “gestor do meu tempo” e de mim próprio praticamente desde os 13 anos. Costumo dizer, pretendendo ter alguma piada, que fiz todos os “disparates” que podia ter feito entre os 13 e os 18 anos. Depois procurei ter algum juízo.

A ponte Salgueiro Maia foi inaugurada em Junho de 2000, a A23 foi concluída em 2003, a extinção das lixeiras a céu aberto foi há menos de vinte anos, os novos hospitais de Tomar e Torres Novas foram inaugurados no início do século, os Institutos Politécnicos de Santarém e Tomar têm pouco mais de trinta anos...lembra-se de algum destes acontecimentos e do que pensou na altura?

Os grandes investimentos foram importantes para a região. A construção da A23 e a extinção das lixeiras a céu aberto (como a de Abrantes, junto ao Tejo) foram os acontecimentos que vivi mais de perto. Também a possibilidade de muitos jovens, ou menos jovens, da nossa região, fazerem formação superior perto da área de residência graças aos Politécnicos de Tomar e Santarém é uma grande vantagem.

Fiz todos os “disparates” entre os 13 e os 18 anos e depois procurei ter algum juízo

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