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Há dezasseis anos não voltei as costas a Alcanena apesar de ninguém me apoiar

Há dezasseis anos não voltei as costas a Alcanena apesar de ninguém me apoiar

Fernanda Asseiceira nascida a 18/04/1961, Presidente da Câmara de Alcanena

Viveu a juventude muito rapidamente se pudesse voltar a ter trinta anos fazia tanta coisa de forma diferente que nem se atreve a dizer o quê para não maçar os leitores com uma lista imensa. Em 2001, Fernanda Asseiceira tomou uma das decisões mais difíceis da sua vida ao aceitar ficar na Câmara de Alcanena como vereadora da oposição. Diz que valeu a pena mas não esquece que não teve o apoio de ninguém. Nem da família.

Se voltasse a ter trinta anos e soubesse o que sabe hoje o que faria diferente em termos pessoais e/ou profissionais?

Tanta coisa! Precisaria de uma página inteira do vosso jornal e não tenho esse espaço.

Viveu bem a sua juventude ou desaproveitou-a?

Se tivesse hoje 15 anos vivia-a melhor! Cresci depressa demais.

Lembra-se de alguma decisão pessoal importante que tenha tomado ou sido obrigada a tomar por altura dos trinta anos ou nos últimos trinta anos? Qual foi e que efeitos teve na sua vida?

A decisão mais relevante que tomei foi quando em 2001 aceitei ficar como vereadora na oposição pelo Partido Socialista, na câmara municipal, após o PS ter perdido as eleições. Alterou completamente o rumo da minha vida. Na altura, ninguém na minha família me apoiou nessa decisão mas decidi que não podia virar as costas e abandonar aquele projecto. Fiquei sozinha, fui a única que aceitou assumir o lugar.

O que não aconteceu na região nos últimos trinta anos e deveria ter acontecido?

Faltou o que ainda hoje falta, pensamento e acção estratégica para a região.

A ponte Salgueiro Maia foi inaugurada em Junho de 2000, a A23 foi concluída em 2003, a extinção das lixeiras a céu aberto foi há menos de vinte anos, os novos hospitais de Tomar e Torres Novas foram inaugurados no início do século, os Institutos Politécnicos de Santarém e Tomar têm pouco mais de trinta anos...lembra-se de algum destes acontecimentos e do que pensou na altura?

Lembro-me de todos estes relevantes acontecimentos. Ficamos bastante agradados sempre que há grandes investimentos para a Região que a valorizam e que tornam os serviços mais próximos das pessoas. Hoje só não me revejo nos três hospitais. Foi um erro, ou melhor três erros, que todos pagámos bem caro e em muitos casos, eventualmente, há quem o pague com a própria vida.

Há quantos anos conhece
O MIRANTE? Que relação tem com o jornal e que alterações lhe faria para gostar mais dele?

Conheço há 30 anos! O MIRANTE
fez um percurso de implantação na região. O meu relacionamento com o jornal é de respeito institucional e também de amizade pessoal. Talvez artigos de opinião sobre a região e de personalidades relevantes pudessem melhorar o jornal.

Onde residia há trinta anos? Como era a terra há trinta anos? O que é que gostava que voltasse a ser como era?

Resido no concelho há mais de 50 anos. Alcanena está muito diferente. Cresceu e desenvolveu-se sobretudo na melhoria de equipamentos nas áreas da educação, saúde, cultura, desporto e a nível de vias de comunicação.

Portugal aderiu à CEE (actual União Europeia) há pouco mais de trinta anos (1 de Janeiro de 1986). Como acha que seria actualmente o país se essa adesão não tivesse acontecido?

Menos desenvolvido, sem dúvida. Os Quadros Comunitários de Apoio permitiram relevantes investimentos no nosso país e assim continuará com o Portugal 2020”.

Há dezasseis anos não voltei as costas a Alcanena apesar de ninguém me apoiar

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