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Não aproveitámos todas as oportunidades que nos foram dadas pela União Europeia

Não aproveitámos todas as oportunidades que nos foram dadas pela União Europeia

Ana Maria Lima Presidente da CEBI - Fundação para o Desenvolvimento Comunitário de Alverca

“Reflectir sobre o passado é um exercício que nos leva a equacionar as causas ou razões que nos levaram a tomar determinadas opções. Apesar de Portugal ter registado alterações muito grandes em todos os aspectos, principalmente no pós 25 de Abril, penso que em termos da minha vida pessoal e profissional pouco alteraria que me fosse permitido voltar a ter trinta anos. Sinto-me realizada.”

Portugal aderiu à CEE (actual União Europeia) há pouco mais de trinta anos (1 de Janeiro de 1986). Como acha que seria hoje o país se essa adesão não tivesse acontecido?

Se reconhecermos que ainda hoje Portugal tem algum atraso em termos económicos e sociais comparativamente à maioria dos países europeus, estou convicta que o país estaria numa posição mais fragilizada se não tivesse aderido à União Europeia. Só lamento que não tenhamos aproveitado todas as oportunidades que nos foram dadas, em devido tempo, para que o tecido económico se tivesse estruturado correctamente, o que evitaria certamente a extinção de grandes empresas ou a sua alienação a estrangeiros.

Qual a decisão que tomou por volta dos trinta anos que mais impacto teve na sua vida?

Ter aceite o desafio de representar o Banco Crédito Predial Português, hoje integrado no Santander Totta, no Conselho de Administração da Fundação CEBI. Até essa altura a minha vida profissional estava ligada apenas à Banca e a partir desse momento foi enriquecida pois passei a relacionar-me com uma realidade bem diferente. A CEBI dirige a sua actividade para crianças, jovens, idosos e famílias, criando respostas para o combate à exclusão e à pobreza, e para a criação de uma sociedade mais solidária e inclusiva.

O que não aconteceu na região nos últimos trinta anos e deveria ter acontecido?

O concelho de Vila Franca de Xira é muito vasto e, por isso, seguramente repleto de desafios. Cingindo-me à cidade de Alverca, onde a CEBI tem sede há quase 50 anos, há projectos que estão em “banho-maria” há quase uma década. De entre eles destaco o problema da circulação rodoviária, não tendo avançado uma alternativa viável à EN 10, que atravessa a cidade, nomeadamente retirando a circulação de veículos pesados. Por outro lado, o acesso dos alverquenses ao rio Tejo seria muito bem-vindo com áreas de recreio e lazer, bem como o alargamento do caminho pedonal urbano e ribeirinho de Alhandra até Alverca e consequentemente a sua junção com o parque urbano da Póvoa de Santa Iria. Desafios, ainda, a perseguir.

Como viveu a sua juventude?

Tive a felicidade de pertencer a uma família que me ajudou a crescer de uma forma equilibrada e adaptada a cada idade. Procurei conjugar os compromissos familiares e escolares, tanto no liceu como na faculdade, com os momentos de diversão por forma a poder chegar aos dias de hoje com a satisfação de ter sabido viver esses tempos que me deixaram excelentes memórias.

Há quantos anos conhece O MIRANTE? Que relação tem com o jornal e que alterações lhe faria para gostar mais dele?

Só comecei a dar-lhe mais atenção nos últimos anos quando alargou a sua cobertura ao sul do concelho de Vila Franca de Xira. Considero que desempenha um papel muito importante na imprensa regional escrita, em particular por fazer um jornalismo de proximidade que passa, obrigatoriamente, por falar do território e das pessoas, verdadeiros protagonistas de casos de sucesso e motores do desenvolvimento económico e social das suas regiões. No que respeita a alterações sugeria apenas o aumento de artigos de opinião e de especialistas que abordassem questões de particular interesse para a região.

Não aproveitámos todas as oportunidades que nos foram dadas pela União Europeia

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