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O mundo é feito de integrações e a diversidade enriquece e aproxima os povos

O mundo é feito de integrações e a diversidade enriquece e aproxima os povos

Pedro Bastos nascido a 07/07/1967, Presidente da Comissão Executiva do Hospital Vila Franca de Xira

“A identidade dos países e da sua população acentua-se com a partilha das experiências. Os movimentos de exclusão que assistimos em alguns países e regiões terão consequências muito nefastas sobretudo para as populações desses mesmos países”

A Ponte da Lezíria sobre o Tejo e o Sorraia, ligando o Carregado a Benavente, foi inaugurada em 2000. O novo Hospital Vila Franca de Xira em 2013. O que pensou desses investimentos na altura?

Visitei a Ponte da Lezíria durante a sua construção e lembro-me que, na altura, fiquei espantado com a sua extensão. É efectivamente uma obra de engenharia notável e de excelente integração com o meio ambiente. No caso do Novo Hospital de Vila Franca de Xira vivi e fui um dos protagonistas na sua negociação, da sua construção e posteriormente da sua gestão. Apesar de suspeito na sua apreciação, considero que o Novo Hospital, que representou a concretização de um sonho de décadas, é efectivamente uma revolução na qualidade da prestação de cuidados da população para os concelhos de Alenquer, Azambuja, Arruda dos Vinhos, Benavente e Vila Franca de Xira. Os vários reconhecimentos nacionais e internacionais assim o têm evidenciado. A recente reacreditação do Hospital pela Joint Commission International é mais um motivo de orgulho para as populações que servimos.

O que não aconteceu na região nos últimos trinta anos e deveria ter acontecido?

Gosto mais de olhar a vida numa perspectiva positiva. Muito aconteceu nos últimos 30 anos. Apesar das dificuldades com que muitas famílias ainda vivem, o nível e a qualidade de vida melhoraram significativamente nos últimos 30 anos. Destaco naturalmente a qualidade e o acesso aos serviços de saúde a toda a população.

Portugal aderiu à CEE (actual União Europeia) há pouco mais de trinta anos (1 de Janeiro de 1986). Como acha que seria actualmente o país se essa adesão não tivesse acontecido?

O mundo é feito de integrações e não de exclusões, de pontes e não de muros, como refere o Papa Francisco. A diversidade aproxima os povos e enriquece-os. A nossa vida, o nosso futuro e o futuro dos nossos filhos seriam certamente de menor qualidade de vida, menor conhecimento de uma realidade global, de um enorme isolamento. A identidade dos países e da sua população acentua-se com a partilha das experiências. Os movimentos de exclusão que assistimos em alguns países e regiões terão consequências muito nefastas sobretudo para as populações desses mesmos países.

Se voltasse a ter trinta anos e soubesse o que sabe hoje o que faria diferente em termos pessoais e profissionais?

Faria certamente tudo muito semelhante. As escolhas pessoais e profissionais realmente importantes foram sempre devidamente ponderadas. Não creio que a maior experiência de vida que hoje tenho me tivessem levado à tomada de decisões importantes diferentes.

Aproveitou bem a sua juventude?

Aproveitei a minha juventude muito bem. Sempre viajei muito, o que me deu uma noção do mundo muito “aberta”. A minha família e os meus amigos foram os grandes pilares no meu desenvolvimento. Considero o equilíbrio no desenvolvimento o melhor que se pode dar a um jovem. Tive essa experiência e julgo que a transmito na educação dos meus filhos.

Quais os acontecimentos mais importantes da sua vida por altura dos trinta anos?

Lembro-me de três decisões/acontecimentos muito importantes na minha vida perto dos 30 anos de idade: o meu casamento, o nascimento do nosso primeiro filho e a decisão de iniciar uma carreira no sector da saúde na José de Mello Saúde.

Há quantos anos conhece
O MIRANTE? Que relação tem com o jornal e que alterações lhe faria para gostar mais dele?

Conheço o jornal O MIRANTE há cerca de 7 anos, desde que vim trabalhar para Vila Franca de Xira. Tenho vindo a assistir ao seu desenvolvimento e espanta-me o seu dinamismo e o conhecimento que tem de uma vasta região que cobre. É um extraordinário exemplo de um jornal regional. Parabéns à sua direcção e a todos os seus profissionais, não só os actuais mas também aqueles que ajudaram a construí-lo.

O mundo é feito de integrações e a diversidade enriquece e aproxima os povos

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