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O que nos faltou enquanto região foi tirar um maior partido da proximidade a Lisboa

O que nos faltou enquanto região foi tirar um maior partido da proximidade a Lisboa

Isaura Morais nascida a 19/06/1966, Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior

O que não aconteceu na região nos últimos trinta anos e deveria ter acontecido?

Era uma questão que nos levaria muito tempo a debater mas, muito resumidamente, penso que nos faltou, enquanto região, tirar um maior partido da proximidade a Lisboa para atrair mais investimento produtivo e promover os nossos pontos de interesse turístico. Estamos hoje a começar a trilhar esse caminho mas podíamos ter partido mais cedo.

A ponte Salgueiro Maia foi inaugurada em Junho de 2000, a A23 foi concluída em 2003, a extinção das lixeiras a céu aberto foi há menos de vinte anos, os novos hospitais de Tomar e Torres Novas foram inaugurados no início do século...lembra-se de algum destes acontecimentos e do que pensou na altura?

Tenho ideia de alguns deles mas, em concreto, apenas recordo a Ponte Salgueiro Maia e a inauguração da A15, pela ligação rápida que proporcionaram de Rio Maior a todo o país, uma mais valia do meu concelho.

Há quantos anos conhece O MIRANTE? Que relação tem com o jornal e que alterações lhe faria para gostar mais dele?

Conheço o Mirante há muitos anos, embora com uma maior atenção nos últimos 15 anos. Gosto do jornal pelo formato e clareza da informação. Desde que assim continue não necessita de mudanças.

Onde residia há trinta anos? Como era a terra há trinta anos? O que é que gostava que voltasse a ser como era?

Embora estudasse fora nunca deixei de viver na terra que me viu nascer, a pequena localidade da Fonte da Bica, perto das Marinhas do Sal, em Rio Maior. Era uma terra humilde, de gente muito trabalhadora no campo, na pecuária e no sal, e que hoje tem condições de vida que há 30 anos não existiam. Pessoalmente prefiro não falar em passado, mas sim projectar um futuro de crescimento e qualidade de vida para a terra onde vivi os melhores anos da minha vida.

Como seria o país sem a adesão à CEE em 1986?

Seria certamente um país muito mais pobre e isolado da Europa. Se não fossem todos os fundos e programas comunitários que injectaram dinheiro no nosso país nos últimos anos, certamente não teríamos as infra-estruturas que temos hoje, nem a qualidade de vida seria a mesma, nomeadamente nos investimentos múltiplos que os municípios fizeram nos seus concelhos em prol da população.

Qual o acontecimento que mais influenciou a sua vida por volta dos trinta anos?

O início da doença do meu marido perto dos meus 31 anos e o seu posterior falecimento, dois anos depois. Tínhamos uma filha com cinco anos e isso obrigou-me a encontrar forças que não sabia que tinha. Conciliar ainda a minha vida profissional com a decisão de prosseguir com a minha formação académica ensinou-me muito do que hoje ponho em prática na minha vida.

Se voltasse a ter trinta anos e soubesse o que sabe hoje o que faria diferente?

Voltaria a fazer tudo da mesma forma. Não me arrependo de nenhuma das decisões que tive que tomar ao longo da vida.

Viveu bem a sua juventude?

Vivi a minha juventude dentro do que era normal na altura. Para mim foi bem vivida e ajudou-me a formar-me e a ser a pessoa que sou hoje.

O que nos faltou enquanto região foi tirar um maior partido da proximidade a Lisboa

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