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Optei pela minha família e pela minha região e não estou arrependido

Optei pela minha família e pela minha região e não estou arrependido

Nuno Castelão nascido a 26/06/1963, Gestor da Gráfica César Castelão & Filhos, Lda

Diz que se lhe fosse dada a oportunidade de voltar a ter trinta anos isso lhe iria permitir ficar mais novo porque em termos daquilo que fez, tanto pessoalmente como profissionalmente, nada mudaria. Nuno Castelão teve oportunidade de seguir outros caminhos mas considera que as grandes decisões que tomou foram sempre bastante ponderadas e que não se arrepende do percurso que escolheu.

Acho que vivi bastante bem a minha juventude. Tive sempre um núcleo fantástico de amigos, o que é determinante. E tivemos momentos memoráveis que ainda hoje são tema de conversa. Fiz muito desporto, que é uma das minhas paixões, e aproveitei bastante a Festa Brava.

Aos trinta anos tive que decidir entre acompanhar o negócio da família ou ir trabalhar para a Ernst & Young com sede em Londres. Optei pela família e pela minha região e não estou arrependido.

A Chamusca não é uma zona carenciada mas poderia estar mais desenvolvida. Existem graves problemas que teimam em manter-se. Infelizmente não temos pessoas no concelho que façam com que o mesmo mereça uma atenção especial por parte de quem decide ao nível do poder central.

A ponte Salgueiro Maia foi inaugurada em Junho de 2000, a A23 foi concluída em 2003, a extinção das lixeiras a céu aberto foi há menos de vinte anos, os novos hospitais de Tomar e Torres Novas foram inaugurados no início do século, os Institutos Politécnicos de Santarém e Tomar têm pouco mais de trinta anos...lembra-se de algum destes acontecimentos e do que pensou na altura?

De todos os investimentos feitos na região saliento a construção da Ponte Salgueiro Maia. Na altura fiquei com a ideia que o progresso estaria a chegar à região. Quem não se lembra das expectativas criadas com a possibilidade de ser feita a auto-estrada que ligaria Almeirim a Tomar. Infelizmente foi tudo uma ilusão enganadora e ficou-se por ali.

Conheço O MIRANTE desde a sua fundação há trinta anos. O jornal alargou o seu âmbito, da Chamusca para a região, e tem hoje um reconhecimento que deve ser referido e enaltecido. Que se mantenha com a mesma qualidade e vigor. E muitos parabéns. Não é fácil manter uma empresa tantos anos e muito menos neste vosso sector de actividade.

O meu percurso de juventude foi todo na Chamusca e Lisboa, onde estudei. Conheci a Chamusca praticamente igual ao que é hoje. Foram feitas algumas infra-estruturas mas não foi o suficiente para atrair investimento. Os jovens não têm oportunidades de se fixar e isso não permite o crescimento da região. Ultimamente, com o Eco-Parque do Relvão nasceram outras esperanças. Assim se consiga manter e desenvolver.

Fora da União Europeia teríamos cavado um fosso ainda maior entre os países do Norte e Centro da Europa. O atraso seria significativo, a formação diminuta e a os vários serviços e produções não teriam capacidade competitiva. No entanto urge mudar alguns conceitos e filosofias, ajudando a melhorar a relação entre os países. A estabilidade da União Europeia depende disso.

Optei pela minha família e pela minha região e não estou arrependido

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