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Quando Arons de Carvalho quis acabar com O MIRANTE

Quando Arons de Carvalho quis acabar com O MIRANTE

O maior ataque que O MIRANTE sofreu em trinta anos de existência foi desferido em 2001 pelo então secretário de Estado da Comunicação Social, Arons de Carvalho (PS). Pressionado por vários jornais da região, alguns dos quais já extintos ou em extinção, que acreditavam poder sobreviver se nós deixássemos de existir, publicou a Portaria nº 225/2001, de 19 de Março, que, entre outras coisas, fixava, não um preço máximo como seria normal para proteger os leitores, mas um preço mínimo de assinatura. Foi um diploma feito, única e exclusivamente para O MIRANTE que tinha uma assinatura anual barata, de apenas mil escudos e que foi obrigado a aumentar a mesma para dois mil e quinhentos escudos, penalizando os leitores. A justificação era, principalmente o facto de o Estado pagar os portes de correio dos jornais enviados aos assinantes e haver jornais que aproveitavam esse facto para enviar jornais só com publicidade, situação que não se verificava com O MIRANTE que raramente deixou que o espaço ocupado com publicidade fosse superior a 30 por cento do total. O dinheiro dos portes de correio nunca passava pelos jornais. Era pago pelo Estado directamente aos CTT e funcionava como incentivo à leitura. Ou seja, na prática, era um apoio a cidadãos leitores de jornais. Na altura a Alta Autoridade para a Comunicação Social emitiu um parecer a condenar tal medida, em que dizia que a fixação de um preço mínimo de assinatura lhe suscitava “sérias reservas” porque se tratava de “uma verdadeira ingerência do Estado na liberdade de iniciativa das empresas jornalísticas, para além de ser duvidosa face à lei da concorrência e contrária à tendência de liberalização dos preços do mercado”. Apesar disso a Portaria manteve-se. O MIRANTE não baixou os braços, ultrapassou o obstáculo e continuou a crescer com o apoio dos leitores e anunciantes. Na altura, goradas todas as tentativas para dialogar com o governante, o jornal usou o humor para o criticar por ter tomado tão “aberrante” decisão.

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