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Sinto desencanto por a minha geração não ter feito um país mais próspero e desenvolvido 

Sinto desencanto por a minha geração não ter feito um país mais próspero e desenvolvido 

José Eduardo Carvalho nascido a 09/09/1957 Presidente da AIP - Associação Industrial Portuguesa

O que não aconteceu na região nos últimos trinta anos e deveria ter acontecido?

A região tem tido um desenvolvimento interessante nas últimas décadas. Se tivesse um só Instituto Politécnico, com diversas escolas espalhadas pelo distrito teria sido melhor.

O que pensou dos grandes investimentos públicos feitos na região no princípio do século?

Vivíamos um clima de grande euforia e pouca sensatez, como mais tarde viemos a perceber e a pagar. Termos três hospitais públicos do Médio Tejo, por exemplo, demonstra o desvario na gestão dos equipamentos públicos.

Portugal aderiu à CEE há pouco mais de trinta anos. Como acha que seria actualmente o país se essa adesão não tivesse acontecido?

Um país ainda mais pobre, carenciado e com fraca mobilidade social. Talvez não tivéssemos uma dívida externa e pública tão elevada mas tínhamos salários mais baixos e um instrumento de desvalorização cambial que só nos criaria ilusões sobre a nossa competitividade.

Há quantos anos conhece
O MIRANTE? Que relação tem com o jornal e que alterações lhe faria para gostar mais dele?

Conheço O MIRANTE desde a sua fundação. Tenho uma relação de muito respeito e admiração. É um projecto editorial e empresarial que deveria constituir um “study case”. Nunca me passaria pela cabeça ousar propor alterações a uma área muito especializada e com “savoir faire” muito particular como é o jornalismo.

Onde residia há trinta anos? Como era a terra há trinta anos? O que é que gostava que voltasse a ser como era?

Vivia em Lisboa e no Cartaxo. Sinceramente, não tenho desejo algum em regredir a contextos sociais e económicos passados. Tenho é um sentimento de algum desencanto pelo facto da minha geração não ter conseguido tornar este país mais próspero e desenvolvido.

Se voltasse a ter trinta anos e soubesse o que sabe hoje o que faria diferente em termos pessoais e/ou profissionais?

Nada de diferente. As decisões que se tomam são o resultado da conjugação do racional e da emoção. Foram as que tiveram de ser.

Viveu bem a sua juventude?

Fiz o que quis e o que as condições permitiram.

Sinto desencanto por a minha geração não ter feito um país mais próspero e desenvolvido 

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