Tive o privilégio de viver a integração europeia e de perceber a diferença….
A adesão de Portugal à então CEE, hoje União Europeia, aconteceu quando o director de Comunicação e de Relações Institucionais da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas estava a dois meses de fazer trinta anos. Nuno Pinto de Magalhães diz que foi o melhor que nos poderia ter acontecido. “Fora da UE estávamos isolados e voltados para a imensidão do Atlântico, num mundo onde as caravelas já não têm destinos para descobrir”.
Se voltasse a ter trinta anos e soubesse o que sabe hoje o que faria diferente em termos pessoais e profissionais?
Considero-me uma pessoa feliz e agradecida por tudo o que a vida me proporcionou. Gostaria de ter tido uma experiência profissional, de 3 a 5 anos, no estrangeiro e depois regressar ao nosso país.
Viveu bem a sua juventude ou desaproveitou-a? Porquê?
Vivi a minha juventude com grande intensidade, nomeadamente num período que foi determinante para a minha formação, que foi a mudança de regime em 1974. Nessa altura tinha 18 anos e comecei a trabalhar! Mais tarde tive também o privilégio de viver a integração europeia e perceber a diferença….
Lembra-se de alguma decisão pessoal importante que tenha tomado ou sido obrigado a tomar por altura dos trinta anos ou nos últimos trinta anos? Qual foi e que efeitos teve na sua vida?
Aos 30 anos tive os meus primeiros filhos(gémeos), tirei a carta de condução e comprei o primeiro carro! Foram três marcos importantes, não todos com a mesma relevância, que me abriram “o mundo”. Ter filhos modifica profundamente o nosso sentido de prioridades, de testemunho e de responsabilidade.
O que não aconteceu na região nos últimos trinta anos e deveria ter acontecido?
Poderia ter havido um melhor planeamento do desenvolvimento imobiliário e urbanístico em certas zonas urbanas, que não descaracterizasse a sua ruralidade e especificidade e acautelasse o seu eco-sistema.
Há quantos anos conhece O MIRANTE?
Desde sempre, sendo para mim o jornal de referência do Ribatejo, que continua a ter como foco na sua agenda os problemas da região, dando voz a quem aqui habita, trabalha e desenvolve!
Onde residia há trinta anos? Como era a terra há trinta anos? O que é que gostava que voltasse a ser como era?
Vivia no centro de Lisboa, onde ainda hoje vivo. A cidade mudou em algumas coisas para melhor, nomeadamente nas infra-estruturas e oferta cultural mas perdeu-se proximidade com aqueles que vivem à nossa volta.