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Politécnico de Tomar vai ter uma cátedra da Unesco virada para a gestão cultural
O director da Escola Superior de Tecnologia de Tomar, João Patrício, com Rita Anstácio e Teresa Desterro

Politécnico de Tomar vai ter uma cátedra da Unesco virada para a gestão cultural

Novidade deixada durante as primeiras Jornadas Interdisciplinares de Arqueologia, Conservação e Restauro do Património.

O director da Escola Superior de Tecnologia de Tomar, João Patrício, disse a O MIRANTE, à margem das primeiras Jornadas Interdisciplinares de Arqueologia, Conservação e Restauro do Património, que a partir de 2018 o IPT terá uma cátedra patrocinada pela Unesco, designada “Humanidades e Gestão Cultural Integrada do Território”, coordenada por um professor catedrático.
Lançado em 1992, o Programa de Cátedras UNITWIN/UNESCO promove a cooperação e partilha inter-universitária internacional, a fim de reforçar as capacidades de cada instituição através da partilha do conhecimento e do trabalho em colaboração. O programa apoia a criação de cátedras UNESCO em áreas prioritárias estabelecidas no âmbito das competências da UNESCO, ou seja, educação, ciências naturais e sociais, cultura e comunicação.
Outra das batalhas em curso do Instituto Politécnico de Tomar (IPT) passa por conseguir a homologação profissional dos alunos que terminam o curso de Arqueologia, Conservação e Restauro do Património. Os licenciados da área são classificados em termos profissionais como curadores ou museologistas não sendo reconhecida a profissão de conservador/restaurador, o que pode ser um entrave no mercado de trabalho.
As I Jornadas Interdisciplinares de Arqueologia, Conservação e Restauro do Património apresentaram como principal objectivo conjugar a prática lectiva dos professores universitários com os trabalhos de investigação. A segunda edição das jornadas deve realizar-se dentro de ano e meio.
O vice-presidente do IPT, João Coroado, destacou que este tipo de reuniões assume particular importância pela partilha de experiências e de conhecimentos imprescindíveis para o futuro profissional dos alunos. A ideia foi igualmente defendida por Teresa Desterro, directora da Unidade Departamental de Arqueologia, Conservação, Restauro e Património, do IPT. A docente acredita que a interdisciplinaridade é fundamental “não só na prática de leccionar mas sobretudo na investigação”.
O director da Escola Superior de Tecnologia, João Patrício, lançou o repto aos alunos do Curso de Conservação e Restauro do Património para apresentarem ideias para eventos e projectos. “Venham as ideias, que a escola cá estará para vos ouvir e apoiar”, disse. O Curso de Arqueologia, Conservação e Restauro do Património, do IPT, tem entre 150 a 200 alunos a fazer a licenciatura e este ano entraram 30 alunos para fazer mestrado.

Uma escola de referência no sector

Raquel Alves, Inês Duarte e Maria Correia fizeram a licenciatura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e apesar de residirem em Lisboa, optaram por fazer o mestrado no curso de Conservação e Restauro, no Politécnico de Tomar “porque é das melhores escolas da Europa nesta área”, explicaram. As alunas, cujas médias de licenciatura variam entre 14 e 17 valores, dizem que gostariam de trabalhar em Portugal, mas com a globalização e o reduzido investimento do governo português na cultura, acreditam que será difícil trabalhar por cá e terão de pensar em procurar trabalho onde ele estiver.
Patrícia Choças é de Portalegre e depois de concluir a licenciatura no curso de Conservação e Restauro, no IPT, está agora a fazer o mestrado. Patrícia optou por este curso porque “mexer na arte e fazer com que a preservação permita a continuação do futuro é muito motivador”, garante.
Patrícia sublinha que a prática, o contacto directo com as obras, em conjugação com o trabalho de laboratório é a grande mais valia do curso no IPT. E assegura que a taxa de empregabilidade não depende apenas do percurso académico, que pode ser de grande sucesso, pois também é preciso procurar trabalho com a ideia de que Portugal é apenas uma hipótese para trabalhar, a juntar ao resto do mundo.

Politécnico de Tomar vai ter uma cátedra da Unesco virada para a gestão cultural

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