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Precisa-se de sangue novo para aliar à maturidade do Alborca

Precisa-se de sangue novo para aliar à maturidade do Alborca

O grupo de música popular portuguesa Alborca está a celebrar 24 anos e o elemento mais novo já passou a barreira dos cinquenta.

Não lhes falta genica e divertem-se como um grupo de jovens mas já não o são. Os 14 elementos do grupo de música popular portuguesa Alborca, de Alverca do Ribatejo, concelho de Vila Franca de Xira, que no dia 11 deste mês comemorou 24 anos, têm idades entre os 54 e os 83 anos e não escondem que gostavam de ter jovens na formação, como chegaram a ter nos primeiros anos do grupo. “Era maravilhoso se algum jovem se juntasse a nós! A juventude faz sempre falta, até mais física do que mentalmente, porque essa temos com fartura!”, defende a responsável pelo grupo, Manuela Fialho, cuja filha, hoje com 32 anos, chegou a fazer parte do grupo aos 15 anos com algumas colegas de escola.
Actualmente, os sete homens e sete mulheres do grupo, metade reformados e metade ainda trabalhadores, encontram-se ao princípio da noite de terça-feira para ensaiar na sede da Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense (SFRA), de que fazem parte e que os financia na manutenção dos instrumentos, nas despesas de deslocação para as actuações e na renovação do guarda-roupa, como a que vai acontecer este mês pelo aniversário.
O grupo só toca música popular portuguesa e não aposta no fado, música espanhola ou baladas porque esses são tocados pela tuna Albirca, composta por todos os membros do Alborca e por mais quatro que não fazem parte dele, cujos ensaios são às quartas-feiras na SFRA.
Nos 24 anos de existência o grupo já percorreu o país de norte a sul mas este ano tem-se mantido mais perto de casa e feito menos actuações que as quarenta do ano passado, porque se tornou mais difícil conciliar as agendas pessoais dos membros do grupo com as actuações. Até ao final do ano têm previstas mais três e Manuela e o marido, Luís Fialho, responsável do Albirca, não escondem que a actuação preferida deste ano foi a do aniversário do grupo Flor de Chá na Póvoa de Santa Iria. “Damo-nos muito bem com eles e com outros grupos com quem partilhamos festas e actuações e no final divertimo-nos muito todos juntos”, conta Manuela.

Não importa a idade, importa o amor à música
Em 1992 quatro membros da banda da SFRA, que costumava animar os magustos por altura do São Martinho, decidiram animar a festa desse ano improvisando com violas e cavaquinhos. Soube-lhes tão bem que decidiram avançar com a formação do grupo, que começou oficialmente no ano seguinte com o nome de Grupo de Cordas da SFRA. Mais tarde tornou-se Grupo de Música Popular Portuguesa e hoje é Alborca, a tradução árabe de Alverca, pela qual não escondem a enorme paixão. São voluntários, não recebem nada com as actuações e na maioria das vezes compram os instrumentos com que tocam e com os quais já editaram dois CD. “Queremos estender esta paixão pela nossa terra a gentes de todas as idades, porque o que mais importa é o bom convívio e o nosso lema: recordar é viver!”, defende Manuela Fialho.

Precisa-se de sangue novo para aliar à maturidade do Alborca

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