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Associação Cultural e Recreativa de Quintas é um exemplo de dinamismo

Associação Cultural e Recreativa de Quintas é um exemplo de dinamismo

Colectividade da pequena povoação organiza ao longo do ano diversas actividades culturais, desportivas e recreativas para todas as idades. Na sua génese está a tragédia de 1967.

A Associação Cultural e Recreativa de Lugar das Quintas orgulha-se de ser uma das colectividades mais activas do concelho de Vila Franca de Xira, “senão mesmo a mais activa”, de acordo com as palavras da presidente, Luísa Fajardo. O objectivo é promover pelo menos uma actividade por mês, que pode ir desde os tradicionais almoços de convívio às noites de fados, concertos e bailaricos, marchas populares na altura do Santo António e vários eventos desportivos.
Além disso, também oferece aos cerca de 230 habitantes das Quintas a oportunidade de praticar em modalidades desportivas como o futebol de salão, ginástica, taekwondo, yoga e danças sevilhanas. “Queremos ajudar a dinamizar aqui a nossa aldeia e trazer actividades novas para a nossa população. Temos coisas para os mais velhos e para os mais novos”, explica Luísa Fajardo a O MIRANTE.
Toda esta actividade serve não só para dinamizar uma povoação que se considera “muito envelhecida” mas também para tentar atrair as faixas etárias mais novas, já que os mais jovens sentem curiosidade em participar em algumas das actividades promovidas. “Nos almoços de convívio, sobretudo, temos sempre muita gente jovem, filhos dos habitantes, que aproveitam para regressar e trazem sempre gente de fora como os maridos e os filhos. Dá outra vida aqui ao nosso cantinho”, contou a dirigente enquanto recebia os convidados para mais um dos vários almoços organizam durante o ano.
Os novos acessos ajudam a chegar rapidamente até às Quintas mas a localização da aldeia, no limite norte do concelho de Vila Franca de Xira, e as dificuldades na promoção dos eventos nas redes sociais ainda são obstáculos com que a direcção se depara. “Muita gente ainda acha que isto fica para trás do sol-posto e nem se incomoda a vir até aqui”, desabafam.

Centro de convívio criado após as cheias na origem da associação
A Associação Cultural e Recreativa de Lugar das Quintas celebrou os 25 anos de existência no dia 19 de Agosto mas a sua génese remonta a 1967 e à tragédia das cheias. Na altura, a perda das tabernas e da única mercearia deixou a aldeia sem um ponto de encontro para os habitantes. Um grupo de homens, liderado por Vítor Hugo, decidiu construir um centro de convívio, que foi financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Mais tarde, o edifício passou para as mãos da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. O medo de serem expulsos a qualquer momento levou os habitantes, aconselhados pelo presidente da Junta de Freguesia da Castanheira do Ribatejo à época, a avançar, em 1992, para a constituição de uma associação de forma a “ter força jurídica”. Desde então que se mantêm seguros no centro das Quintas e “estão para durar por mais 25 anos”.

Associação Cultural e Recreativa de Quintas é um exemplo de dinamismo

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