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Desperdício de água em Castanheira do Ribatejo numa altura de seca extrema
Luísa Fajardo, moradora na aldeia, alerta para a gravide do problema

Desperdício de água em Castanheira do Ribatejo numa altura de seca extrema

Ruptura em conduta da EPAL dura há vários anos e não é a única no concelho de Vila Franca de Xira. Município alertou a empresa e recebeu a informação de que iniciaram-se reparações no aqueduto do Alviela.

Há vários anos que uma conduta da Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL) está a verter água junto à passagem pedonal da Pimenta, na povoação de Quintas, no limite norte do concelho de Vila Franca de Xira. A rotura na conduta aumentou durante o último Verão e os resultados são hoje bem visíveis para quem por ali passa e se indigna com esse desperdício numa altura em que a maior parte do país se confronta com uma situação de seca extrema. O caso, aliás, não é único no concelho, conforme O MIRANTE já tinha reportado em Setembro passado.
Até agora a situação passava despercebida a grande parte dos habitantes das Quintas, freguesia de Castanheira do Ribatejo, já que o volume de água era mínimo e não causava grande impacto. A rotura aumentou durante o Verão após uma intervenção realizada naquele que é o principal acesso pedonal à aldeia das Quintas. “Agora é impossível aos habitantes não repararem neste problema. Há alturas em que se chegam a formar poças perto das paragens dos autocarros”, explicou Luísa Fajardo, moradora na aldeia, a O MIRANTE.
Os habitantes já fizeram vários apelos aos órgãos autárquicos e à EPAL para tentar a resolução deste problema mas a água continua a verter. “Para mim tudo isto fica mais grave quando há tanta gente em Portugal a sofrer com a seca e nós com este desperdício aqui”, diz Luísa Fajardo.
A Câmara de Vila Franca de Xira, contactada por O MIRANTE, reconheceu a existência do problema e informou que a EPAL, empresa responsável pela reparação das condutas danificadas, está a realizar trabalhos por todo o concelho de forma a resolver os problemas referidos pela autarquia. O MIRANTE contactou a EPAL mas, até ao fecho desta edição, não foi possível obter nenhuma resposta relativamente à reparação da conduta da aldeia das Quintas.

Autarca denunciou roturas
Na edição de 13 de Setembro de 2017, O MIRANTE referia que milhões de litros de água potável são desperdiçados diariamente em Vila Franca de Xira e que o adutor do Alviela necessitava de obras. Em causa estavam roturas nas seis “torneiras” do aqueduto que atravessa o concelho, uma estrutura da responsabilidade da EPAL que é usada para fornecer água a vários concelhos da Área Metropolitana de Lisboa.
O alerta para a situação foi deixado pelo então presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira, Mário Calado, sobre uma rotura em Povos que classificava de criminosa. “Fui à rotura e fiz umas contas rápidas. Em dez segundos um bidão de 50 litros ficou cheio. Num minuto isso dá 300 litros. 18 000 litros numa hora. Quase 432 mil litros de água num dia. As pessoas que lá moram dizem-me que aquilo está há 15 ou 16 anos naquela vergonha. É muito grave. Aquilo é criminoso”, disse o autarca.

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