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Associação Eco Parque do Relvão quer estimular parcerias entre empresas

Associação Eco Parque do Relvão quer estimular parcerias entre empresas

Projecto EPR.COLAB está a dar os primeiros passos e visa a troca de produtos e serviços visando o aproveitamento de recursos.

Abril do próximo ano é a altura prevista para a implementação do projecto EPR.COLAB, revelou o administrador da Associação Eco Parque do Relvão (AEPR), Domingos Saraiva, durante o primeiro workshop sobre o projecto, realizado no dia 22 de Novembro, no Centro de Artesanato da Chamusca. Trata-se de um projecto financiado pelo Fundo Ambiental que, de acordo com Domingos Saraiva, procura fomentar parcerias entre as empresas que operam nesse complexo e de outros locais e que, assim, podem trocar serviços e produtos com vista ao aproveitamento dos desperdícios e serviços. O objectivo final é criar mais emprego, investimento e competitividade, melhores remunerações dos trabalhadores e menos custos às empresas sediadas no Eco Parque do Relvão, na freguesia da Carregueira, concelho da Chamusca.
“O primeiro passo já está concretizado. Agora o próximo são as reuniões com as empresas (Janeiro e Fevereiro de 2018), um segundo workshop com os resultados preliminares (Março de 2018) e reuniões de facilitação (Março e Abril de 2018) e a sua implementação”, explica o responsável.
Para já, admite Domingos Saraiva, foram identificadas 179 potenciais sinergias entre as 57 empresas instaladas no Eco Parque do Relvão (EPR) e nas zonas circundantes num raio de 30 quilómetros. Mas o objectivo é que participem também empresas de outras regiões. E explica: “Queremos colocar todas elas a pensarem que o que deitam fora pode servir para outros”. Por exemplo, uma empresa que tem excedente de plástico pode entregar esse produto a outra que precise dessa matéria-prima e receber desta, ou de outra, algum material que precise no seu processo produtivo. Mas a cooperação não se fica apenas pelos materiais. “Pode também ser uma partilha de um serviço, nomeadamente de uma cantina ou de um veículo”.
Domingos Saraiva explica que foi entre 2004 e 2010, quando se instalaram várias empresas no EPR, entre elas os Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos (CIRVER), que se verificou um aumento significativo do investimento e do emprego na região, contrariando as dinâmicas negativas existentes no resto do país.
No entanto, com a crise económica a bater à porta, o EPR começou a ver empresas a encerrar e outras a adiar investimentos. Foi nos últimos três anos, refere, que a Câmara da Chamusca e as várias entidades locais “encabeçaram um esforço de promover a dinâmica do EPR, abordando alguns dos constrangimentos e potenciando as oportunidades existentes”, de tal forma que a Associação Eco Parque do Relvão foi refundada em 2016.

O constrangimento das acessibilidades

Um dos constrangimentos mais discutidos no encontro foi o das acessibilidades ao Eco Parque. Para António Lorena, da empresa de consultoria 3Drivers e a quem coube apresentar o potencial estratégico do EPR e do projecto, a situação só se resolveria com o “fecho do IC3 e uma ligação da A23, no Entroncamento, à A13 em Almeirim, que incluiria também uma travessia sobre o Tejo”. “Isto é fundamental para o desenvolvimento do Eco Parque do Relvão”, admite. Para já, refere, “a AEPR está a realizar um estudo de tráfego nas localidades do concelho onde circulam os veículos que vão para o EPR para depois actuarmos”.

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