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Bloco abandona sessão da Assembleia Municipal de Abrantes em protesto contra novo horário

Sessões, que habitualmente decorriam à noite, passaram a realizar-se à tarde

Os deputados municipais Pedro Grave e Joana Pascoal e o vereador Armindo Silveira, eleitos pelo Bloco de Esquerda, abandonaram a sessão de Assembleia Municipal de Abrantes de dia 24 de Novembro, em protesto pela aprovação da mudança do horário das sessões para as 14h30, pela maioria dos deputados do PS, pela bancada da CDU e pelo eleito do MIFRM (Movimento Independente Freguesia de Rio de Moinhos). As sessões decorriam habitualmente à noite. No sentido de acautelar o interesse dos munícipes, foi aprovado que o período de intervenção do público se realize agora no final da sessão.
“Nunca uma sessão da assembleia municipal pode ser noutro horário que não o pós-laboral” defendeu Pedro Grave. O autarca bloquista disse ainda que o facto de as sessões não terem muita assistência não implica que o direito de assistir possa ser retirado aos cidadãos. E questionou: “Se a cidadania fica reservada aos profissionais da política, que espaço fica para o cidadão comum?”.
Segundo o Bloco de Esquerda em causa está ainda uma questão moral, uma vez que os eleitos no activo “recebem do empregador e recebem a senha de presença, ou seja, duas vezes pelo mesmo tempo”.
O deputado municipal João Fernandes (PSD) disse que o seu partido optou por dar o benefício da dúvida a este novo horário, no sentido de perceber se as sessões da assembleia municipal terão ou não afluência de público, para só depois “tomar uma posição”. Lembrou ainda ao PS que “não deve confundir maioria absoluta com poder absoluto”.
Na sala, com vários cidadãos a assistir à sessão, a presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque (PS), agradeceu a presença de todos aqueles que se disponibilizaram para ali estar e acrescentou que “mesmo com este horário a participação é muito grande e muito significativa”, registando a presença de jovens “que noutro horário não poderiam aqui estar”.
Também a eleita Elsa Lopes justificou o voto favorável da CDU à proposta de mudança do início das sessões para as 14h30. A CDU “defende a participação dos munícipes mas entende também que os eleitos que representam os abrantinos têm de ter condições de trabalho”.

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