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Cimpor nega falta de licenças e garante autocontrolo permanente das emissões

Vereador do Bloco de Esquerda acusou cimenteira de Alhandra de estar a operar sem as licenças de exploração e ambiental em dia. Garante que não vai largar o assunto para que as pessoas não sejam “envenenadas”. Cimpor diz que informações são falsas.

A Cimpor lamenta o que diz serem “notícias falsas” e “sem qualquer fundamento” avançadas pelo vereador do Bloco de Esquerda na Câmara de Vila Franca de Xira, Carlos Patrão, que alertou para o facto da cimenteira estar a operar em Alhandra com as suas licenças de exploração e ambiental caducadas.
As acusações do autarca foram deixadas em reunião pública de câmara depois de este ter consultado o site da Agência Portuguesa do Ambiente e apenas ter encontrado para consulta pública as licenças que efectivamente caducaram nos dias 22 e 23 de Outubro. Mas, a O MIRANTE, fonte oficial da Cimpor garante que já foram prorrogadas as licenças anteriores e lamenta que “entidades supostamente responsáveis” não tentem obter informações “fidedignas”, seja através da empresa, seja através dos organismos oficiais.organismos oficiais.
“É completamente falsa a notícia que a fábrica de Alhandra está a operar com as licenças de exploração e ambiental caducadas, uma vez  que as suas validades foram prorrogadas pela Agência Portuguesa do Ambiente até ao encerramento do procedimento de renovação das mesmas”, garante a Cimpor.
À data de fecho desta edição, no site da APA, ainda não se encontravam disponíveis para consulta as novas licenças ambientais e de exploração da fábrica. O vereador do Bloco, recorde-se, mostrou-se também preocupado com um despacho da APA, de Julho de 2014, que dispensava a Cimpor de proceder à monitorização em contínuo das emissões e apenas num regime de auto-controlo.
“O auto-controlo no passado deu num surto de legionella aqui perto noutra fábrica. Não queremos outro descalabro do mesmo tipo mas com outros venenos. Achamos que isto tem sido tratado de forma leviana e não vamos largar isto”, garantiu o autarca, que defendeu que a empresa “não pode envenenar” toda a gente ao seu redor. “Temos de pôr esta gente na ordem senão teremos outra desgraça”, lamentou.
Ainda segundo fonte oficial da Cimpor, o autocontrolo das emissões é “efectuado de acordo com os requisitos definidos na licença ambiental, respectivas adendas e legislação em vigor que são do conhecimento público e integralmente cumpridos”. E acrescenta que “o controlo do cumprimento destes requisitos é efectuado pelas entidades competentes”.

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