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Atarefado Manuel Serra d’Aire

A um par de dias de se iniciar a maratona pantagruélica a que muitos dão o nome de Natal vou aqui deixar novamente, à semelhança do que aconteceu em anos anteriores, uma lista de sugestões ao Pai Natal e ao Menino Jesus para que, nesta quadra, bafejem os mais necessitados com presentes prestimosos e não com bugigangas e quinquilharias que só servem para ajudar a forrar as máquinas registadoras das lojas dos chineses e de outras menos orientais.
Começo pelos políticos e ambientalistas que se preocupam com o rio Tejo, para quem sugiro como presentes natalícios um genuflectório, um terço e um livro de orações, para que rezem a pedir muita, mas mesmo muita, chuva para o território da bacia hidrográfica do Tejo. Porque a poluição sempre existiu e vai continuar a existir, o que tem é faltado água para a diluir e a enviar até ao mar sem que a malta note.
Ao Pai Natal, que veste de vermelho, recomendo que ofereça uma edição do romance “Até Amanhã Camaradas” aos vereadores do PCP/CDU que não conseguiram a sua reeleição em municípios da região como Tomar, Abrantes, Rio Maior ou Torres Novas, deixando essas câmaras sem representação comunista. Há que continuar a acreditar nos amanhãs que cantam, mesmo que estejam um bocado desafinados ou até afónicos.
Para o ex-presidente da Câmara de Torres Novas, o inesquecível António Rodrigues, peço que lhe concedam a cidadania timorense e/ou cabo-verdiana pelos abnegados esforços que tem desenvolvido no estreitamento das (suas) relações com esses dois países de língua oficial portuguesa. Isso permitiria que se pudesse candidatar a continuar a sua actividade autárquica (com francas possibilidades de ganhar) nessas paragens longínquas tão carenciadas de rotundas e de gruas.
Peço uma cana de pesca e respectivo manual de instruções para os candidatos que, já derrotados em anteriores eleições autárquicas, regressaram à liça e voltaram a levar no pêlo, como foi o caso dos candidatos do PS em Alpiarça e Santarém, Sónia Sanfona e Rui Barreiro. A persistência é uma característica que muito prezo, mesmo quando se confunde com alguma teimosia, e a pesca é uma actividade onde se pode colocar a persistência em prática até ao limite. Tricô e sudoku também são boas opções.
Uma ida a pé a Fátima é o que sugiro para o candidato derrotado do PSD à Câmara do Entroncamento, Jaime Ramos, para agradecer o resultado com que foi bafejado. Assim pode continuar sossegado na administração do Museu Nacional Ferroviário, sem ter de se chatear com as papeladas e outras minudências e burocracias comezinhas da gestão municipal. E ainda pode matar saudades das lides autárquicas nas reuniões de câmara e moer o juízo ao presidente como vereador da oposição. Como vês, é só vantagens...
E por aqui me fico que o espaço é finito, sabendo que muita gente ilustre fica fora desta escolha e bem merecia a minha atenção. Fica para o ano! Para ti, meu maganão, desejo-te umas festas bem comidas e melhor bebidas, em boa companhia, mas sem exageros. Porque o Ano Novo já está aí à porta e a malta já não tem idade para aguentar duas seguidas sem uma folga pelo meio.

Votos de boas sestas do
Serafim das Neves

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