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CCDR manda selar célula de resíduos industriais banais no aterro da Concavada

Presidente da Câmara de Abrantes diz desconhecer essa medida e lamenta não ter sido posta ao corrente pelas entidades competentes.

A empresa Lena Ambiente foi notificada pela Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo para selar uma célula de resíduos industriais banais (RIB) existente no aterro sanitário intermunicipal da Concavada, no concelho de Abrantes.
Na última reunião de câmara, o vereador Armindo Silveira (BE), questionou a maioria socialista relativamente ao início dos trabalhos. A presidente, Maria do Céu Albuquerque (PS), disse não ter conhecimento de quaisquer trabalhos, acrescentando que “nem sequer essa informação chegou à câmara”, apesar de “todas as diligências que temos feito junto da Agência Portuguesa do Ambiente e da CCDR para passarem informação sobre essa matéria”.
A presidente considerou “lamentável” que tal tenha acontecido, bem como o facto do BE ter acesso a essa informação desde 8 de Maio e “não a tenha passado antecipadamente à câmara”. Maria do Céu Albuquerque lembrou que Armindo Silveira, enquanto deputado municipal, já havia “questionado a câmara várias vezes sobre este assunto”.
Já o vereador Manuel Valamatos (PS) explicou que a empresa Valnor (que gere o aterro sanitário da Concavada) “tem tentado garantir que não haja escorrências” que prejudiquem as linhas de água, sublinhando no entanto que o a célula de resíduos industriais banais não é da responsabilidade da Valnor.
Recorde-se que os deputados do Bloco de Esquerda, Carlos Matias e Jorge Costa, também já tinham questionado o Ministério do Ambiente sobre o aterro sanitário intermunicipal da Concavada, em particular sobre essa célula para resíduos industriais. O Ministério do Ambiente respondeu em oficio datado de 8 de Maio de 2017, em que explicava que a Lena Ambiente foi notificada pela CCDR para cumprir o previsto no Decreto-lei 183/2009, de 10 de Agosto, incluindo a monitorização da qualidade da água superficial e subterrânea para melhor avaliar a situação.
O Ministério do Ambiente referiu também que a Lena Ambiente é a entidade responsável pela selagem da célula RIB bem como pela despoluição da barragem existente a cerca de 1,5km da linha de água, caso se confirme a existência de lixiviados e lamas na mesma.
O MIRANTE contactou a Lena Ambiente e Sónia Maciel, assessora do CEO da empresa, remeteu para mais tarde informações sobre o assunto, se assim o entenderem.

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