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Celtejo reclama 250 mil euros a ambientalista guardião do Tejo

Só compreendo esta acção contra Arlindo Marques, do movimento proTEJO, como uma manobra intimidatória da empresa para amedrontar quem ouse denunciar algum atentado ambiental que ocorra. Lamento que o alvo seja um cidadão que terá sido escolhido por ser o elemento mais fácil de atingir e de fazer condenar, por não dispor de capacidade financeira para se defender. No entanto pode ser que lhes saia o tiro pela culatra porque o ambientalista vai ter apoio de muita gente e, inclusive, de autarquias.
Recordo apenas uma das várias notícias que referem o papel da Celtejo na poluição do Tejo. Em Janeiro de 2017 o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda pediu ao Governo para determinar a “imediata redução da produção da empresa Celtejo”, “para defesa da qualidade da água do rio Tejo”. Os deputados pediam a redução da produção da empresa Celtejo para um nível que não exceda a sua actual capacidade de processamento dos efluentes”, numa medida que, defendem, visa “o controlo da poluição do rio Tejo provocada pela Celtejo”, de Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco.
Os deputados Pedro Soares e Carlos Matias, que assinavam o documento, lembravam na altura que o Governo, em 2015, através do Ministério do Ambiente, tinha identificado os efluentes da empresa Celtejo, como um preocupante foco de poluição do rio Tejo”.
E lembravam que, “ nem a atenção que suscitou na comunicação social, nem a indignação de populações, nem sequer o acompanhamento dos órgãos de poder a diversos níveis, obstaram à continuidade dos derrames poluidores, a partir do emissário da Celtejo, colocado no meio do rio, em frente a Vila Velha de Ródão”, tendo destacado que, “frequentemente, de Ródão à Barquinha, passando por Mação, e de Abrantes a Santarém, a água do rio Tejo apresenta-se escura, acastanhada, com enormes manchas de espuma branca a flutuar sobre o leito” e que “a jusante de Vila Velha de Ródão quase desapareceu a fauna piscícola”.
Jorge Carvalho

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