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Orçamento dos SMAS de Tomar aprovado à segunda tentativa

PS substituiu elemento impedido de votar e o documento foi aprovado com o voto de qualidade do presidente da assembleia municipal. PSD afirma que famílias tomarenses vão ser prejudicadas

O orçamento dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Tomar, no valor de 9,4 milhões de euros, foi aprovado à segunda tentativa pela Assembleia Municipal de Tomar graças ao voto de qualidade do presidente desse órgão. O documento foi aprovado em sessão extraordinária com 16 votos contra (PSD, CDU e BE) e 16 votos a favor (PS e Independentes pelo Nordeste). Recorde-se que o documento foi chumbado na sessão da assembleia municipal realizada no final de Dezembro uma vez que o eleito Arlindo Nunes (PS), presidente da Junta de Freguesia de Madalena e Beselga, é também funcionário dos SMAS e, por questões éticas, não deve participar na votação de assuntos relacionados com a sua entidade empregadora.
Desta vez, o autarca fez-se substituir por Luísa Henriques, ficando o PS em maioria para aprovar o orçamento que não sofreu qualquer alteração em relação à primeira versão apresentada e que foi chumbada.
O assunto foi discutido novamente em reunião de câmara, realizada a 8 de Janeiro, quatro dias antes da assembleia municipal, sendo que os vereadores do PSD criticaram o documento, afirmando que este orçamento penaliza as famílias tomarenses.
“É lamentável que o executivo municipal nada tenha feito em relação à proposta inicial do orçamento dos SMAS, avançando com a vontade unilateral de manter o documento, de aprovar o orçamento, que inclui o aumento de tarifário da água, do saneamento e dos resíduos sólidos”, referiu o vereador José Delgado (PSD).
“Os SMAS não demonstraram possuir acções coerentes de organização, de planeamento e de investimento, como é exemplo da falta de vontade que vise a recuperação das perdas de água no concelho, que ascendem a mais de um milhão e setecentos mil euros”, lamentou ainda o vereador do PSD.

Expansão da rede de esgotos é prioridade
Na resposta, a presidente do município, Anabela Freitas (PS), garantiu não haver necessidade de fazer qualquer alteração ao orçamento uma vez que contém as obras para expansão da rede de saneamento básico que conseguiram candidatar a fundos comunitários. “O orçamento centra-se na questão das obras e sem a sua aprovação não era possível fazer as obras”, afirmou.
Anabela Freitas justificou que a obra de Vila Nova/Paialvo foi consignada no dia 15 de Dezembro do ano passado, tendo já sido entregue ao empreiteiro. Também a obra das Cabeças, referiu, tem o contrato no Tribunal de Contas visado. “Falta lançar a empreitada da Ponte de Vala e consignar as obras da Peralva e Charneca da Peralva. Estamos neste momento com uma taxa de cobertura de 58 por cento e, ao fazer estas obras, passamos para uma taxa de cobertura de 70%. Deixem de parte a politiquice porque o que está em causa é a taxa de cobertura de saneamento básico do nosso concelho. É dar aos cidadãos que não vivem na cidade as mesmas condições que aqueles que vivem na cidade têm”, concluiu.

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