uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Autarcas da Lezíria e Médio Tejo acreditam que CCDR com o Oeste será realidade
Pedro Ribeiro Foto O MIRANTE

Autarcas da Lezíria e Médio Tejo acreditam que CCDR com o Oeste será realidade

Municípios do distrito de Santarém querem desligar-se da Área Metropolitana de Lisboa

Os presidentes das Comunidades Intermunicipais da Lezíria e do Médio Tejo acreditam que a criação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) juntamente com o Oeste será uma realidade, pelo que não faz sentido propor a junção das duas comunidades.
Maria do Céu Albuquerque (PS), presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) e da Câmara de Abrantes, disse à Lusa que a criação desta nova CCDR, “de crucial importância para a região”, está no programa do Governo, “que tem este compromisso e está a estudá-lo, pois depende também de negociações com Bruxelas”, pelo que acredita “sinceramente que vai ser uma realidade”.
Também Pedro Ribeiro (PS), presidente da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) e da Câmara de Almeirim, disse à Lusa que a criação de uma nova unidade territorial para fins estatísticos (NUT) de nível 2 tem estado em discussão, admitindo que a saída do Reino Unido da União Europeia possa vir a alterar o cálculo da média do PIB per capita na UE, razão pela qual o processo ainda não avançou.

Moção do Bloco “não faz sentido”
Para Pedro Ribeiro, a moção aprovada na Assembleia Municipal de Torres Novas, defendendo a junção das Comunidades Intermunicipais da Lezíria e do Médio Tejo, numa eventual reforma administrativa, “não faz qualquer sentido”.
A “Moção sobre o distrito de Santarém e a reforma administrativa do território”, apresentada pelo Bloco de Esquerda e aprovada pelos restantes partidos à excepção da CDU, refere que a divisão dos municípios do distrito entre o Centro (CIMT) e o Alentejo (CIMLT), embora tenha permitido resolver o problema do acesso a fundos comunitários (comprometido se estas sub-regiões se tivessem mantido na CCDR de Lisboa e Vale do Tejo), “retirou capacidade de afirmação e não proporcionou o desenvolvimento a este território como um todo”.
“Num quadro de duas comunidades urbanas, sem escala, sem população e sem massa crítica, partindo ao meio um território que faz todo o sentido estar uno, por uma questão de identidade e por coincidir, no essencial, com uma unidade geográfica ímpar no país, o Vale do Tejo, dotada de um património natural, hídrico, fluvial, agrícola e paisagístico também único no país, chegou a hora de reunir o que foi dividido e fazer desta região um espaço de desenvolvimento e coesão”, afirma a moção.
Contudo, Pedro Ribeiro considera que “não faz sentido” criar uma “megaestrutura” com 24 concelhos, “impossível de gerir”, sublinhando que a actual composição das duas CIM já nem sequer respeita os limites territoriais do distrito de Santarém, uma vez que a Lezíria integra a Azambuja (distrito de Lisboa) e o Médio Tejo os municípios de Vila de Rei e Sertã (distrito de Castelo Branco). “Se é para fazer, que seja de vez”, disse o autarca, defendendo que só faz sentido falar da criação de uma nova CCDR, que junte a Lezíria, o Oeste e o Médio Tejo. “Essa será uma organização para o futuro”, disse, sublinhando que só assim a região ficaria com um Programa Operacional Regional próprio.

Maria do Céu Albuquerque Foto O MIRANTE
Autarcas da Lezíria e Médio Tejo acreditam que CCDR com o Oeste será realidade

Mais Notícias

    A carregar...