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Entrudo de Alpiarça em exposição de fotografia inaugurada a 10 de Fevereiro 

Os festejos do Carnaval que irão decorrer este ano na vila de Alpiarça, para além dos já habituais corso e bailes, terão ainda uma evocação fotográfica desde os anos 40 do século passado até ao princípio deste milénio.
A exposição – O Entrudo em Alpiarça desde a década de 40 do século XX -, organização da Junta de Freguesia, com o apoio da Câmara Municipal e da Biblioteca Municipal, será inaugurada no dia 10 de Fevereiro, pelas 15H30, na Biblioteca de Alpiarça e, meia hora depois, dar-se-á início à projecção de um filme sobre os carnavais de 1973 e 74 (momentos do renascimento do carnaval, após uma agonia de vários anos), seguida de uma tertúlia.
Este evento está integrado no Ano Europeu do Património Cultural 2018, o qual pretende “reavivar e reforçar a ligação das pessoas e das comunidades com o seu património, com as suas tradições, os seus saberes e os seus lugares”.
O Entrudo, termo que praticamente desapareceu nos dias de hoje, foi durante várias décadas um momento rijo no ciclo anual dos festejos populares em Alpiarça. Se muitos anos houve em que os corsos carnavalescos tinham alguma imponência, com participantes dos vários estratos sociais, uma coisa nunca deixou de ser, mesmo nesses momentos: um carnaval trapalhão.
Num momento em se punham as caraças (ou máscaras), a maior parte das quais artesanais era, por contraditório que pareça, o momento para se deixar cair máscaras. Tal como continua a sê-lo hoje.
A exposição fotográfica abarcará não só os desfiles, também com relevância devida para com alguns dos habituais mascarados (ou ensaiados), mas igualmente mostrará testemunhos de mais dois rituais marcantes nos festejos alpiarcenses: o passeio e picniques à Gouxa na quarta-feira de cinzas e, nessa noite, o baile com o célebre Enterro do Galo.
O Enterro do Galo (com o galináceo sempre furtado da galinheira de um qualquer alpiarcense), que mais não é que o assinalar do fim do Entrudo, era um momento ansiosamente aguardado pela população. Aí eram lidos versos criados por populares onde a crítica e o mal dizer aguçavam as curiosidades, sempre com o cuidado de não indispor os censores. O Enterro do Galo entranhou-se de tal modo nos costumes alpiarcenses que seguramente desde há seis décadas, com alguns interregnos, se realiza na vila ribatejana.
Fernanda Cardigo
Presidente da Junta de Freguesia de Alpiarça

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