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Borrego Leonor & Irmão celebra 50 anos ao serviço da agricultura
“Atualmente temos uma equipa de 11 técnicos-comerciais e uma facturação perto dos 26M€”, Paula Borrego, presidente do conselho de administração da Borrego Leonor & Irmão S.A.

Borrego Leonor & Irmão celebra 50 anos ao serviço da agricultura

No ano do seu 50º aniversário a empresa Borrego Leonor & Irmão S.A. projeta o futuro com um investimento em novas instalações na zona industrial de Almeirim e uma aposta clara nos serviços de agricultura digital.

Quais são os ativos estratégicos da Borrego Leonor & Irmão S.A.?
Em primeiro lugar a postura de honestidade, profissionalismo, formação, competência e eficiência. Somos e sempre fomos a empresa de referência do mercado. Estes predicados só são possíveis com o elevado empenho da sua equipa administrativa, comercial, técnica e de logística que na realidade é o seu maior ativo. São quase 40 colaboradores na sua grande maioria com formação superior. É uma equipa multifacetada e com diversidade de género, idade, cor, temperamentos, que nos permite ter sempre o interlocutor correto para cada cliente. O facto de estarmos localizados no centro do Ribatejo permite-nos suprir com grande rapidez qualquer necessidade dos nossos clientes, só possível pela grande capacidade das instalações apropriadas para armazenamento dos fatores de produção agrícola. Quando o mercado não tem um produto nós conseguimos fornecê-lo aos nossos clientes, razão pela qual têm demonstrado uma fidelidade ao longo de décadas. Sempre puderam contar connosco nas boas e más horas, tanto o agricultor de pequena dimensão como o de grande dimensão. Muitos desses clientes cresceram connosco e nós crescemos com eles. A todos eles o nosso obrigado e estaremos aqui pelo menos mais 5 décadas.
Fale-nos dos marcos históricos da vida da empresa…
A empresa foi fundada pelo meu pai no ano do meu nascimento, essencialmente para apoio ao pequeno viticultor e do produtor de melão, na Rua Dionísio de Saraiva, no centro de Almeirim. A empresa adaptou-se ao crescimento, tendo-se mudado nos anos 80 para a rua da Alagoa, para onde fui trabalhar em part-time desde a minha juventude onde realizei de tudo um pouco. As instalações foram crescendo pouco e pouco com aumento sucessivo de capacidade de armazenamento, para responder à evolução do mercado e, finalmente, a abertura da loja na rua de Santarém, à entrada de Almeirim. Com a lei 26, tornámos esse espaço dedicado exclusivamente à comercialização de produtos fitofarmacêuticos e de alimentação animal. Com o crescimento das necessidades dos nossos clientes, ampliámos o espaço de armazenamento de adubos e fertilizantes líquidos e hoje temos uma frota considerável para a distribuição no Ribatejo e Alentejo. Há cerca de dois anos abrimos um espaço comercial em Salvaterra de Magos para prestar um melhor serviço ao número grande de clientes na zona oeste do Ribatejo.
Que inovação introduziu na gestão da Borrego Leonor & Irmão S.A.?
Fui mandatada como Presidente do Conselho de Administração da Borrego Leonor & Irmão S.A. no final de 2011 (em plena crise financeira...) e dispúnhamos nessa data de uma equipa técnico-comercial formada apenas por 4 elementos, faturando cerca de 6M€/ano. Atualmente temos uma equipa de 11 técnicos-comerciais e uma faturação perto dos 26M€, em 2017. Uma das grandes mudanças foi a especialização de cada técnico numa cultura/grupo de culturas chave do Ribatejo e o acompanhamento direto no campo. Anteriormente, as vendas eram efetuadas maioritariamente ao balcão, enquanto agora são efetuadas in loco ou por meios de comunicação electrónicos, exigindo uma capacidade logística muito superior, outra das melhorias fomentadas pela corrente Administração. Para facilitar a mobilidade e autonomia dos técnicos, dispomos, desde 2012, de uma App para facilitar o processo de aconselhamento e relação com os empresários agrícolas.
Temos um conjunto de fornecedores fiéis, os mais importantes a nível nacional e internacional, que nos têm ajudado a promover as novas soluções e as mais adequadas para cada um dos nossos clientes, respeitando as melhores práticas agrícolas, ambientais e simultaneamente atingindo boas rentabilidades económicas.
Quais são os projetos futuros da Borrego Leonor & Irmão S.A.?
Temos previsto um investimento de novas instalações na zona industrial de Almeirim, para centralizar os nossos serviços, armazéns e áreas comerciais. Estamos bastante confortáveis com a nossa área geográfica de atuação, mas sempre atentos aos movimentos do setor e poderemos a qualquer momento reforçar a nossa presença no Alentejo, especialmente para acompanhar os nossos clientes de anos que começaram a explorar as potencialidades do Alqueva.
Em termos de serviços, iremos ser inovadores na agricultura digital, onde podemos contar com os melhores serviços internacionais e nacionais dos nossos parceiros tecnológicos e comerciais. Há dois anos iniciámos projetos piloto na área da agricultura de precisão por detecção remota (vulgarmente designada por “imagens de satélite”) com uma empresa local que forneceu o primeiro serviço deste tipo a nível nacional.
Confesso que por natureza sou low-profile e não tenho provavelmente apostado o que deveria na visibilidade da nossa empresa, porque tenho estado essencialmente ocupada com o fortalecimento da empresa nestes últimos anos que foram muito complexos e difíceis. Futuramente espero investir um pouco mais na estratégia de comunicação, com a presença nos meios de comunicação social e realizando eventos técnicos dirigidos aos novos desafios da agricultura.
Como vê o futuro da agricultura e de que modo pensa manter a empresa competitiva nessa conjuntura?
Não antevejo anos fáceis, pelo contrário. Vamos ter muitos desafios climáticos, novas pragas que ameaçam as culturas agrícolas, associadas à falta de meios de luta, motivada pela redução das substâncias ativas disponíveis por pressões ambientalistas, muitas delas sem sentido; a redução dos preços dos produtos agrícolas acompanhada pela redução de crédito ao setor; a indefinição resultante das concentrações/fusões das grandes multinacionais, legislação ambiental e fiscal, etc...
O que podemos e vamos fazer é estar bastante atentos, continuar a ser profissionais para tornar os nossos clientes mais rentáveis, prosseguir a aposta na formação da equipa e do setor para dar a resposta às novas tecnologias. A digitização do campo e os serviços de agricultura de precisão, apoiados na combinação de avanços das tecnologias de informação e comunicação, nomeadamente BigData, IoT, Cloud, inteligência artificial e detecção remota e, quiçá, num futuro muito próximo da robótica agrícola, irão revolucionar o futuro. A Borrego Leonor & Irmão estará preparada para este desafio.
* Texto da responsabilidade da Borrego Leonor & Irmão S.A.

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