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Família assume “Iniciativas de Abrantes” por falta de sócios em situação legal

Sociedade dona do Cine-Teatro de Abrantes tinha sócios que nem sabiam que o eram

Os três elementos da família Bastos Carreiras, que desde Novembro último controlam a gerência da Iniciativas de Abrantes, dona do Cine-Teatro S. Pedro, eram os únicos que estavam em condições de serem eleitos para as funções. Isto porque os herdeiros dos sócios já falecidos “esqueceram-se de registar as quotas em seu nome”, revela José Carreiras, gerente. A sociedade esteve inactiva praticamente durante o tempo em que durou o contrato de comodato com a Câmara de Abrantes, feito há 19 anos, para a autarquia usar a sala de espectáculos.
Só em Novembro último, quando estava a terminar o contrato de comodato, é que houve movimentações para reactivar a sociedade com o objectivo de rentabilizar o edifício, onde a autarquia investiu em obras há 19 anos. Uma das primeiras ideias era arrendar o espaço pelo valor de seis mil euros mensais. Apesar de esta hipótese não estar posta de parte, o que está em cima da mesa actualmente é a possibilidade da câmara comprar o espaço, tendo oferecido 270 mil euros pelo edifício. A presidente da câmara, Maria do Céu Albuquerque, tem-se recusado a falar sobre o assunto, alegadamente para não prejudicar as negociações nem afrontar os gerentes, que são pessoas conhecidas e de uma família tradicional de Abrantes.
A sociedade tem um capital social de cerca de 27 mil euros, tendo os membros da família Bastos Carreiras uma quota total minoritária de 250 euros. José Carreiras refere em comunicação enviada a O MIRANTE que o capital da Iniciativas de Abrantes está “amplamente distribuído entre muitas famílias abrantinas, que com o seu esforço financeiro, construíram o Cine-Teatro S. Pedro”. José Carreiras refere que a actual gerência foi eleita por unanimidade em Setembro de 2017 e dois meses depois é registado na conservatória a designação dos membros dos órgãos sociais.
O gerente refere que em 28 de Janeiro foram apresentadas aos sócios, em assembleia-geral, as propostas da câmara, que era um novo comodato usando o cine-teatro gratuitamente ou adquiri-lo por 267 mil euros, o que foi recusado pelos 18 sócios presentes. José Carreiras explica ainda que, além de a gerência estar mandatada para negociar com a câmara, pretende-se que a autarquia se responsabilize “pelas obras de pintura exteriores do edifício, que lhe cabiam de acordo com o contrato de comodato e que não foram realizadas, desde 2002”.

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