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Liga para a Protecção da Natureza quer responsabilizar Estado pela poluição no Tejo

Segundo essa entidade, “à semelhança dos incêndios florestais, o Estado aparece agora, depois da tragédia exposta”.

A Liga para a Protecção da Natureza (LPN) exigiu a responsabilização das autoridades pela sistemática poluição no Tejo, tendo criticado o desinvestimento em serviços públicos capazes de assegurar as necessidades de protecção dos recursos hídricos.
Em comunicado, a LPN “exige a real responsabilização das autoridades competentes” para o “fim da poluição no Tejo e o cumprimento da legislação sobre protecção dos recursos hídricos”, sublinhando que “a dimensão da poluição no Tejo está à vista”, bem como os “anos de indiferença face às denúncias, apelos e relatórios oficiais”.
O Ministério do Ambiente anunciou no dia 5 de Fevereiro o prolongamento por mais 30 dias de todas as medidas provisórias impostas à empresa Celtejo, nomeadamente a redução de 50% do volume diário de descargas de efluentes no Tejo, na sequência de diligências efectuadas após um episódio de poluição grave ocorrido a 24 de Janeiro e que encheu de espuma as águas do rio, na zona de Abrantes.
A LPN alertou para a “disparidade entre aquelas que são as necessidades de protecção pública de bens essenciais e vitais” (…) “e o desinvestimento que os governos têm feito em serviços públicos capazes, atentos e apetrechados”.
Tendo feito notar que, “ao longo dos anos, várias entidades agrupadas no Movimento ProTejo, que a LPN integra, têm vindo a denunciar a poluição no rio Tejo e a consequente degradação das suas condições ecológicas”, a Liga criticou a actuação do Estado, apesar dos alertas.
“Quando a Comissão de Acompanhamento da Poluição do Tejo publicou o seu relatório em 2016, não deixando dúvidas sobre a existência de ilegalidades nas emissões de efluentes de várias indústrias, julgou-se que o Estado iria finalmente tomar a sua responsabilidade de protecção dos cidadãos e do ambiente do qual dependem, procurando soluções para poluição no rio”, refere a LPN.
Segundo a Liga para a Protecção da Natureza, “à semelhança dos incêndios florestais, o Estado aparece agora, depois da tragédia exposta”, tendo criticado o “corte nos orçamentos” e defendido que, “assim, não é possível proteger a Natureza” e os cidadãos.

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