A circulação na Ponte Rainha D. Amélia, que liga das localidades de Muge (concelho de Salvaterra de Magos) a Porto de Muge (concelho do Cartaxo) está limitada desde quarta-feira, 14 de Fevereiro, a veículos até 3,5 toneladas e à velocidade de 30 quilómetros por hora. Estas foram as indicações dadas pela empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP) às Câmaras de Salvaterra de Magos e Cartaxo. Além disso, as autarquias vão avançar com o concurso para a reparação dos equipamentos de apoio do tabuleiro da ponte, que têm sido “significativamente” danificados pelo excesso de carga na ponte.
“Deverá ser promovida a reparação urgente dos aparelhos de apoio situados sobre o pilar 13 e sobre o encontro do lado de Salvaterra de Magos, ambos do lado jusante, atendendo às deficientes condições de segurança estrutural e da circulação rodoviária. Até à reparação dos aparelhos de apoio, esta obra de arte deverá ser mantida sob vigilância apertada, devendo ser garantida, pelo menos, uma observação semanal do posicionamento dos aparelhos de apoio no pilar 13 e no Encontro do lado de Salvaterra de Magos”, referiu a IP às câmaras municipais.
Esta decisão da IP surge após uma reunião, no início de Janeiro, com o presidente da Câmara de Salvaterra de Magos, Hélder Esménio (PS), onde este abordou as preocupações de ambos os municípios, tendo encaminhado todos os relatórios a que as autarquias tiveram acesso sobre o comportamento no tempo desta infraestrutura. “A avaliação feita pela IP incluiu a realização de inspecções visuais e aparentes (principal e sub-aquática), aguardando a conclusão dos respectivos relatórios, assim como o levantamento topo-batimétrico do leito do rio na zona da ponte”, referem os municípios do Cartaxo e Salvaterra de Magos em nota de imprensa conjunta.
O presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), e o autarca de Salvaterra de Magos, Hélder Esménio, criticam ainda a utilização abusiva que tem sido feita do tabuleiro da Ponte da Rainha D. Amélia por veículos que ultrapassam largamente as restrições impostas pela então Junta Autónoma de Estradas (actual Infraestruturas de Portugal), constatando ainda a dificuldade de fiscalização por parte das autoridades policiais, “devido à escassez de efectivos para o efeito”. Os municípios informam ainda que os trabalhos vão ser acompanhados pelos presidentes de câmara, de ambos os lados da ponte, e pela GNR nos dois concelhos.