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Centro de Excelência para a Agricultura e Agroindústria à espera do dinheiro de Bruxelas
Demora. Representantes de oito entidades públicas da região ribatejana esperam pelo dinheiro de Bruxelas para os seus projectos

Centro de Excelência para a Agricultura e Agroindústria à espera do dinheiro de Bruxelas

Demora na implementação do projecto motiva críticas do presidente da Câmara de Santarém. Oito entidades públicas e privadas asssinaram um protocolo em Abril de 2015 para criar um pólo tecnológico e empresarial na antiga Estação Zootécnica Nacional, no Vale de Santarém, mas três anos depois o projecto ainda não saiu do papel.

Quase três anos após a assinatura do protocolo entre oito entidades visando a criação de um Centro de Excelência para a Agricultura e Agroindústria na Quinta da Fonte Boa, no Vale de Santarém, pouco há para mostrar no terreno, estando o processo ainda enredado na malha burocrática que é preciso enfrentar para obter financiamento do Governo e da União Europeia.
Uma situação que não agrada a alguns dos parceiros, que nunca mais vêem chegar as verbas da União Europeia sem as quais não há possibilidade de fazer obras no terreno. Em reunião da Câmara de Santarém, o presidente do município, Ricardo Gonçalves (PSD), disse mesmo que “não há a mesma vontade política com este Governo”, em relação ao projecto, “que havia com o anterior” e que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) Alentejo “não pode desvalorizar o projecto”, considerado como âncora pela Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), outra das entidades envolvidas.
Ricardo Gonçalves disse ainda que sentiu “algumas entropias” no final do anterior Governo e já durante a vigência do actual Governo relativamente ao projecto, considerando que o mapeamento de 2,5 milhões de euros para financiamento “podia ter sido feito mais rapidamente”. Afirmou ainda que para além desses 2,5 milhões de euros “terão que vir mais”. O autarca respondia ao vereador Rui Barreiro (PS), que levantou o assunto e sugeriu a realização de uma reunião do executivo camarário com o ministro da Agricultura, dada a importância do assunto, proposta que foi aceite por Ricardo Gonçalves. “É bom que o Governo vire a página e comece a investir”, disse o presidente.
“Estes processos são extremamente morosos”
Contactada por O MIRANTE, Olga Moreira, coordenadora do Pólo de Investigação da Fonte Boa do INIAV (Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária), referiu que para recuperar e adequar infraestruturas da antiga Estação Zootécnica, por forma a criar ali o Centro de Excelência para a Agricultura e Agroindústria, é necessário recorrer a fundos estruturais. A proposta foi submetida para mapeamento da ANI (Agência Nacional de Inovação), “cujo resultado oficial se aguarda, mas que se crê ser favorável”, revelou a responsável, vincando que estes processos são “extremamente morosos”.
“Sabe-se que a ANI transpôs para as CCDR as diferentes candidaturas apresentadas a nível nacional, para emissão de pareceres, ainda sujeitos a imposições por parte da União Europeia”, acrescentou Olga Moreira, sublinhando que “neste processo tem havido um grande empenho quer do Município de Santarém, quer da CIMLT”.
Olga Moreira destaca que “a implementação de um projecto desta tipologia poderá variar entre três a cinco anos, dependendo das regras impostas pelo convite a concurso, tendo em mente o referido projecto estruturante”.
O Centro de Excelência para a Agricultura e Agroindústria, resume Olga Moreira, “terá âmbito nacional para a criação e divulgação de conhecimento através da promoção de tecnologias inovadoras junto do sector empresarial, da prospecção das necessidades das empresas, da dinamização de processos de formação, da transferência de tecnologia e da promoção do empreendedorismo e apoio à criação de empresas de base tecnológica nos sectores agropecuário e agroindustrial”.

Quem são os parceiros

Ao fim de quase um ano de contactos, negociações e agregação de vontades foi finalmente assinado O protocolo que prevê a criação de um Centro de Excelência para a Agricultura e Agroindústria, nas instalações do INIAV (Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária), na Quinta da Fonte Boa, no Vale de Santarém foi assinado no dia 23 de Abril de 2015 por oito entidades: Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT); Câmara de Santarém; INIAV; Nersant; Agrocluster do Ribatejo; Instituto Politécnico de Santarém; Universidade de Évora e Universidade de Lisboa.

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