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Câmara de Tomar apresenta queixa devido à poluição no rio Nabão

Município de Ourém rejeita qualquer responsabilidade da ETAR que está no seu concelho

A Câmara de Tomar apresentou queixa contra desconhecidos na Agência Portuguesa do Ambiente (APA), GNR e PSP devido aos “evidentes” focos de poluição que atingiram o rio Nabão desde o dia 1 de Março. O município de Tomar recolheu amostras de água que enviou para um laboratório certificado. Os resultados das análises ainda não estão concluídos. Além disso, a presidente da autarquia, Anabela Freitas (PS), solicitou uma audiência “urgente” com o ministro do Ambiente que estava prevista para esta quarta-feira, 7 de Março, já após o fecho desta edição.
Por seu lado, a Câmara de Ourém rejeitou qualquer responsabilidade na poluição no rio Nabão. “Neste momento não temos qualquer dado que nos indique que a alegada fonte poluidora está no nosso concelho”, afirmou o vice-presidente da autarquia de Ourém. Segundo Natálio Reis, “o município não tem registadas junto ao troço do rio Nabão que atravessa o concelho indústrias poluentes que possam ter provocado a queixa do município de Tomar”.
A presidente da Câmara de Tomar adiantou que pediu uma audiência com carácter de urgência ao ministro do Ambiente porque os episódios de poluição no rio Nabão repetem-se “há vários anos e urge identificar as suas origens”. Anabela Freitas disse que as descargas poluentes no rio em momentos de aumento de caudal têm sido “recorrentes”, tendo a situação ocorrida no dia 1 sido “por demais evidente”, pela dimensão que assumiu e pelo agravamento registado à noite.
O vice-presidente da Câmara de Ourém explicou em sessão camarária que a autarquia foi, na sexta-feira, 2 de Março, informada pela APA de que “iria fazer uma acção de fiscalização às estações de tratamento de águas residuais (ETAR) do Alto Nabão, na freguesia de Formigais, e de Seiça, na Sabacheira, concelho de Tomar, mas que pertence à Câmara de Ourém. “Os nossos técnicos acompanharam a inspecção e não detectaram nenhuma anomalia, nem na entrada do efluente, nem na saída deste após tratamento”, garantiu Natálio Reis.
O autarca de Ourém acrescentou que “se detectou que a água de drenagem dos terrenos agrícolas privados que desagua no rio Nabão próximo da ETAR do Alto Nabão vinha com espuma”. “Os técnicos da APA constataram que a espuma era uma situação natural decorrente do escorrimento da água pelos terrenos”, assegurou Natálio Reis. A mesma informação foi dada por Anabela Freitas em reunião do executivo municipal realizada na segunda-feira, 5 de Março. No entanto, a autarca sublinha que pretende esclarecimentos sobre o foco de poluição.
A ETAR na Sabacheira tem sido apontada como eventual fonte de poluição. Segundo Anabela Freitas, foi feita uma visita a montante e a jusante desta estrutura. Contudo, há outros locais de descarga, sendo várias as origens possíveis, pelo que apelou à sua identificação célere. A situação de poluição no Nabão levou a que deputados do PS, CDS-PP e Os Verdes questionassem o Governo sobre este problema.

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